Um acordo provisório de paz entre israelenses e palestinos é uma possibilidade se as partes não conseguirem acertar detalhes sobre questões fundamentais nos diálogos de paz, declarou na segunda-feira o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.
Ao ser questionado sobre o comentário feito pelo ministro de Relações Exteriores, Avigdor Lieberman, dizendo que a melhor opção seria um pacto provisório, dada a impossibilidade de se chegar a um acordo permanente, Netanyahu respondeu:
"Se...talvez chegarmos a um (impasse) sobre Jerusalém e talvez (um impasse) sobre os refugiados, então possivelmente o resultado seria um acordo provisório. Isso é possível, eu não posso descartá-lo", disse Netanyahu durante uma entrevista à emissora de TV Channel 10, de Israel.
Foi a primeira vez que Netanyahu reconheceu a possibilidade de uma alternativa nas negociações mediadas pelos Estados Unidos. Os diálogos estão parados desde que Israel se recusou a estender o congelamento das construções na Cisjordânia em 26 de setembro. O premier não quis discutir os detalhes dessa decisão.
Um porta-voz do presidente palestino, Mahmoud Abbas, rejeitou imediatamente a possibilidade de um acordo de paz provisório, dizendo que a questão de Jerusalém e dos refugiados teria que ser resolvida e não poderia ser adiada.
"Isso é inaceitável para nós, porque excluiria duas questões vitais, Jerusalém e os refugiados. Jerusalém é uma linha vermelha, pois será a capital do futuro Estado palestino...voltar a discutir um Estado sem determinar suas fronteiras é inaceitável, e não nos conduzirá a uma paz verdadeira", disse o assessor de Abbas, Nabil Abu Rdaineh.
Netanyahu disse que se os palestinos reconhecerem Israel como um Estado judaico, ele estaria disposto a comprometer os acordos da coalizão para buscar um acordo de paz.
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