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O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, pediu nesta quinta-feira que os membros do Conselho dos Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) rejeitem o relatório que acusa israelenses e palestinos de crimes de guerra durante o conflito em Gaza, ocorrido entre dezembro de 2008 e janeiro deste ano.

"Espero que todos os países responsáveis votem contra a resolução, que apenas encoraja o terrorismo e ameaça a paz", alegou Netanyahu.

A votação está marcada para sexsta-feira (16). Os países do órgão decidirão se pedirão ao Conselho de Segurança (CS) da ONU que exija investigações sérias ou se o tema será encaminhado ao Tribunal Penal Internacional (TPI).

Pelo menos 1.100 habitantes do território morreram durante a ofensiva de três semanas iniciada em 27 de dezembro de 2008, segundo dados de ambos os lados. Os militares israelenses afirmam que a maioria dos mortos era de militantes, enquanto os palestinos dizem que a maioria era de civis. No lado israelense, 13 soldados morreram.

Em março, o grupo Centro Palestino de Direitos Humanos divulgou a identidade de 1.417 palestinos mortos durante a ofensiva militar israelense, afirmando que 926 deles eram civis, 236 eram milicianos e 255 eram integrantes das forças locais de segurança

Dias depois, o Exército de Israel contestou as denúncias de que a maior parte dos mortos fosse composta por civis. Além disso, afirmou que 1.166 pessoas morreram em Gaza durante a ofensiva, das quais 709 seriam militantes do Hamas. O número de civis mortos seria de pouco menos de 300. O anúncio não esclareceu se as outras 162 pessoas mortas eram combatentes ou civis nem forneceu a identidade das vítimas.

Israel lançou a ofensiva com o objetivo declarado de interromper anos de lançamento de foguetes palestinos contra em sua fronteira. O Exército usou força sem precedentes na pequena faixa mediterrânea, incluindo mais de 2 mil ataques a bomba e barragens de artilharia e morteiros contra militantes palestinos que operavam em áreas residenciais.

Investigadores enviados pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU concluíram que tanto Israel quanto o Hamas incorreram em violações dos direitos humanos.

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