Quando Alex Vongkhamheuang, 19, começou a conversar com um desconhecido no Kcon, evento realizado em Nova Jersey para festejar a cultura pop coreana, achou que estivesse fazendo um novo amigo. Então, ela olhou para o crachá do interlocutor e percebeu que eles já se conheciam —no Twitter.
Separados da música e dos astros de TV que eles idolatram por um oceano, fãs do K-pop nos Estados Unidos se voltam ao Twitter e a outros fóruns on-line para acompanhar notícias de seu interesse. Para eles, então, o Kcon foi um evento importante, a chance de levar os americanos que acompanham o K-pop pela internet ao mundo real.
Para alguns dos fãs, como Michaela McDonald, 21, isso significou vestir-se como as estrelas do K-pop. McDonald tinha o rosto coberto de pó de arroz branco e os cabelos tingidos de loiro. Outros entusiastas do K-pop compraram os produtos de beleza coreanos usados e promovidos por seus atores e artistas favoritos.
Muitos encontros semelhantes reúnem pessoas que compartilham um mesmo interesse. Os amantes de gatos recentemente festejaram seu apego a tudo que diz respeito aos felinos no evento CatCon, em Los Angeles, onde os participantes tinham um objetivo adicional: contestar o mito da senhorinha maluca que vive cercada apenas por bichanos.
“Há um mundo inteiro de amantes de gatos”, disse a produtora de televisão Susan Michals, organizadora do CatCon.
O CatCon procurou destacar o lado elegante dos donos de gatos, com salões de manicure com temas de gatos, robôs gatos que ronronam quando você esfrega suas orelhinhas de plástico e até uma casinha de gato de luxo vendida por mais de US$ 600. Gatinhos famosos graças à internet, como Lil Bub e Pudge, compareceram a sessões de fotos.
Isso não quer dizer que a imagem da senhorinha louca por gatos não tenha sido homenageada no CatCon. Um estande que vendia chapéus para gatinhos, incluindo uma touquinha enfeitada com brilho, foi muito frequentada. Ainda assim, nem todos os visitantes do festival tinham essa mesma fantasia.
O mesmo pode ser dito do Soberoo, grupo que se reúne no festival de música texano de Bonnaroo, um dos muitos promovidos nos EUA que é conhecido pelo hedonismo movido a álcool e drogas. Os membros do Soberoo são como todos os outros entusiastas presentes ao festival, com uma diferença importante: são abstêmios.
Combinar música e sobriedade não parece natural para algumas pessoas. É o caso de Chelsea, 20, que bebia e fazia farra em shows desde os 12 anos de idade.
“Quando entrei para a recuperação, achei que minha vida tinha acabado”, comentou Chelsea, negando-se a informar seu sobrenome porque está tentando encontrar emprego. Ela acompanhava festivais de música em casa, assistindo a vídeos em tempo real e desejando poder estar lá. “Pensei que isso seria o mais perto que eu poderia chegar de um festival”, contou.
Mas o mundo dos festivais voltou a estar ao seu alcance com o Sober Ball, uma versão do Soberoo promovido no festival de música Governors Ball, em Nova York. “Havia tanta gente da minha idade, eu adorei”, disse.
Patt Ochoa testemunhou reações semelhantes em um grupo de sobriedade que ele ajudou a fundar no evento Electric Daisy Carnival, de música dance.
Ele falou de um homem que tinha sido aconselhado em casa a não comparecer ao evento em Las Vegas, mas que foi, assim mesmo. Então, o homem veio lhe agradecer, chorando: “Encontrei a minha turma”.
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