4 níveis de alerta Watchcon ("watch condition", ou "condição sob vigilância") são usados pelos Estados Unidos e a Coreia do Sul para monitorar a situação na península coreana. O nível 4 é o que vigora em tempos de paz, enquanto o nível 3 reflete uma "ameaça importante". Nível 2, indicado ontem pelos dois países, aponta para uma "ameaça vital". Por fim, o nível 1 é usado em tempos de guerra.
Internet
Sul-coreanos acusam vizinhos do norte de ataque cibernético
A Coreia do Sul disse ontem que uma investigação inicial concluiu que agentes do governo norte-coreano estavam por trás de um ataque cibernético ocorrido em março. Na época, o incidente desativou cerca de 32 mil computadores e servidores em emissoras e bancos sul-coreanos. Segundo Chun Kil-soo, da agência sul-coreana de segurança de internet, o ataque foi similar a uma ação norte-coreana feita no passado.
Ele disse que os investigadores acreditam que seis computadores na Coreia do Norte foram usados para acessar servidores sul-coreanos e que foram explorados mais de 1 mil endereços de IP no exterior. Aparentemente, segundo Chun Kil-soo, o ataque havia sido planejado por cerca de oito meses antes de ser lançado.
A acusação ocorre em meio a escalada de tensões na península coreana, com a Coreia do Norte aumentando sua retórica beligerante por causa das sanções da ONU e dos exercícios militares conjuntos entre Estados Unidos e Coreia do Sul. Na terça-feira, o Norte disse que uma guerra nuclear é iminente e recomendou que os estrangeiros na Coreia do Sul se retirem para lugares mais seguros.
A Coreia do Sul e os Estados Unidos elevaram ontem seu nível de alerta para "ameaça vital", o nível 2 em uma escala de 4 (em que o 1 indica guerra e o 4, paz). O anúncio antecipa um provável teste de mísseis norte-coreano. As tensões aumentam na península coreana a cinco dias do aniversário de nascimento do fundador da Coreia do Norte, Kim Il-sung.
Apesar de tudo, o centro da tempestade permanece estranhamente calmo.
O foco de Pyongyang estava menos na preparação da guerra e mais no embelezamento da capital antes do grande feriado nacional. Os soldados depuseram seus rifles para cobrir o chão estéril com gramado e os estudantes tomaram das pás para plantar árvores.
Mas o empobrecido e controlado país que sempre usou os feriados para chamar a atenção do mundo ao mostrar seu poder militar, desta vez pode marcar a ocasião com o teste de míssil para atacar as instalações militares dos EUA no Japão e em Guam.
Na semana passada, Pyongyang disse a diplomatas estrangeiros que estão na capital que tinham até 10 de abril para estudar a saída do país, alimentando as especulações sobre um possível lançamento entre esta quarta-feira e 15 de abril, aniversário de nascimento de Kim Il-sung.
Um lançamento neste período poderia coincidir com as visitas a Seul do secretário de Estado norte-americano, John Kerry, e do secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), que estarão na capital sul-coreana na sexta-feira.
A inteligência sul-coreana diz que Pyongyang preparou dois mísseis de médio alcance para um lançamento iminente na costa leste do país.
Embora as advertências norte-coreanas dirigidas a embaixadas em Pyongyang e a estrangeiros na Coreia do Sul tenham sido praticamente ignoradas, há preocupação crescente em todo o mundo de que qualquer incidente detone um conflito.
"Mísseis estão prontos", diz Coreia do Norte
Folhapress
O representante diplomático do regime comunista da Coreia do Norte, Alejandro Cao de Benós, diz que "nossas bases de mísseis estão prontas para disparar. Podemos derrubar qualquer alvo, pusemos em órbita três satélites e capacidade tecnológica não falta".
Cao de Benós de origem espanhola e único cidadão estrangeiro a quem foi concedida a cidadania norte-coreana, já que decidiu combater por Pyongyang , deu essas declarações ao jornal italiano Oggi, na edição publicada ontem.
O espanhol, que adotou o nome Alejandro-Zu, ameaça: "quando o sinal for dado, abateremos todos os aviões B-2 e B-52 e arrasaremos as bases americanas de Guam, do Havaí e do Missouri".
"As consequências serão terríveis: o planeta inteiro será contaminado e Seul afundará no mar. A bomba é nossa segurança na vida. Se for necessário, não hesitaremos em usá-la", assevera.
O representante é membro do Partido do Trabalho e do Exército Popular, além de delegado especial do comitê governamental da Coreia do Norte para relações culturais com os países estrangeiros.
Benós diz não ser o único que combate a favor de Kim Jong-un, a Brigada Internacional que está organizando já conta com 200 adesões desde 11 de março.
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