Bagdá - Ao menos 12 pessoas ficaram feridas ontem na cidade iraquiana de Kut, a 160 km de Bagdá, após a polícia tentar acabar com uma manifestação que exigia a melhora dos serviços no país. Cerca de 2 mil pessoas participaram do protesto e atacaram escritórios do governo, arrancando pedras do pavimento para arremessar contra a sede do conselho regional.
A manifestação está entre as maiores desde que os iraquianos começaram a demonstrar sua raiva contra todos os níveis governamentais. Diferentemente de manifestantes em outros países que demandam democracia ou mudança de regime, os iraquianos têm se focado no desemprego, falta de eletricidade e corrupção.
Ontem, os manifestantes atiraram pedras contra o conselho provincial, atearam fogo a um trailer estacionado do lado de fora do prédio e invadiram o complexo, segundo Sondos al Dahabi, porta-voz da província de Wasit.
O Iraque é um dos poucos países com um governo eleito democraticamente no Oriente Médio, mas seus líderes não têm estado imunes à onda de insatisfação que atinge a região.
Os iraquianos têm uma longa lista de queixas, incluindo a escassez de eletricidade que por vezes opera apenas algumas horas por dia , desemprego que está em cerca de 30% da população e corrupção.