Um número ainda não determinado de cidadãos norte-americanos desapareceu na capital do Iraque na tarde deste domingo, segundo porta-vozes do governo dos Estados Unidos em Bagdá.
O porta-voz da embaixada norte-americana, Scott Bolz, informou que o governo “está trabalhando em cooperação com as autoridades iraquianas para localizar os americanos desaparecidos”. Bolz não especificou quantas pessoas sumiram ou o último lugar em que foram vistas. “A segurança de cidadãos norte-americanos fora do país é nossa maior prioridade”, afirmou o porta-voz do Departamento de Estado dos Estados Unidos, John Kirby.
Ministros do Interior e da Defesa do Iraque afirmaram que estão investigando os relatos, mas também não forneceram mais detalhes sobre o ocorrido.
Veículos da imprensa iraquiana divulgaram que três norte-americanos foram sequestrados após terem visitado a residência de seu intérprete iraquiano no bairro de Doura, na região sul da cidade. Um grupo de atiradores vestidos com uniformes do exército do Iraque teriam invadido a casa e capturado os homens, de acordo com a reportagem local.
Há relatos, ainda, de que os norte-americanos teriam sido capturados quando estavam a caminho do Aeroporto Internacional de Bagdá, também na região sul da capital iraquiana. Um representante das forças de segurança ocidentais, que falou em condição de anonimato, afirmou que foi informado de que os norte-americanos teriam desaparecido entre 24 e 48 horas atrás.
Nenhum grupo reivindicou a autoria do sequestro até o momento. De forma geral, os sequestros ocorridos no Iraque têm sido realizados pelo grupo Estado Islâmico, milícias xiitas ou gangues que buscam pagamento de resgate.
O incidente ocorre após uma semana de deterioração nas condições de segurança na capital iraquiana e arredores, depois de meses de relativa paz. Na semana passada, o grupo Estado Islâmico assumiu a autoria de diversos ataques em Bagdá e na província de Diyala, um deles realizado em shopping da capital, que mataram mais de 50 pessoas.