A nova cepa da gripe aviária que está causando um surto mortal entre na China é uma ameaça à saúde mundial e deve ser levada a sério, disseram cientistas na quarta-feira.

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A cepa H7N9 já matou 24 pessoas e infectou mais de 125, de acordo com a Organização Mundial de Saúde com sede em Genebra (OMS), que a descreveu como "um dos mais letais" vírus da gripe.

A alta taxa de mortalidade, o número relativamente grande de casos em um curto período de tempo e a possibilidade de que o vírus possa adquirir a capacidade de ser transmitido entre as pessoas elevam o risco de uma pandemia do H7N9, disseram especialistas.

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"A OMS considera isso uma ameaça séria", disse John McCauley, diretor do Centro Colaborador da OMS para Influenza no Instituto Nacional de Pesquisa Médica da Grã-Bretanha.

Falando em uma coletiva em Londres, especialistas em virologia disseram que os estudos iniciais sugerem que o vírus tem várias características preocupantes, incluindo duas mutações genéticas que tornam mais provável que, eventualmente, possa se transmitido de pessoa para pessoa.

"Quanto mais tempo o vírus ficar circulando sem restrições, maior a probabilidade de que comece a ser transmitido de pessoa para pessoa", disse Colin Butte, especialista em vírus da gripe aviária em Pirbright Institute da Grã-Bretanha.

Das cerca de 125 pessoas infectadas com o H7N9 até agora, aproximadamente 20 por cento morreram, cerca de 20 por cento se recuperaram e o restante ainda está doente. A infecção pode levar a pneumonia grave, septicemia e falência de órgãos.

"Esta é uma doença muito, muito séria para aqueles que foram infectados. Então, se isso vier a tornar-se mais difundida, seria um surto extraordinariamente devastador", disse Peter Openshaw, diretor do centro para infecção respiratória do Imperial College London.

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