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Nova iniciativa de paz dos EUA deve vir logo, dizem palestinos

Os Estados Unidos precisam colocar em ação logo seu plano de ressuscitar as conversas de paz no Oriente Médio, antes que os palestinos busquem seu reconhecimento como Estado, disse um porta-voz do presidente palestino, Mahmoud Abbas, nesta quarta-feira.

"É hora de o governo norte-americano agir, antes de setembro," declarou Nabil Abu Rdainah.

Dado o impasse atual, apesar dos 18 anos de negociações, líderes palestinos pretendem solicitar à Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em setembro, o reconhecimento de um Estado em todo o território ocupado por Israel em 1967. Isso incluiria Gaza, sobre a qual a Autoridade Palestina não tem controle no momento.

A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, disse na terça-feira que os Estados Unidos planejam uma nova iniciativa para promover uma paz abrangente entre árabes e israelenses, dando a entender que Washington pressionará mais para tentar resolver o conflito israelo-palestino.

"Conversas sobre planos e novas iniciativas não bastam. Os EUA deveriam desempenhar um papel efetivo e adotar uma política contundente contra assentamentos," afirmou Abu Rdainah em resposta.

"O governo começou a se dar conta de que a situação no Oriente Médio é perigosa," acrescentou.

O primeiro-ministro palestino, Salam Fayyad, deve conversar com representantes ocidentais em Bruxelas nesta quarta-feira, quando pedirá quase 5 bilhões de dólares em investimentos para implantar um Estado palestino.

A ONU, o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional elogiaram os esforços de Fayyad nos últimos dois anos para estabelecer as instituições e atributos de um Estado moderno a tempo para a reunião da Assembleia Geral.

As conversas de paz entre Israel e os palestinos mediadas pelos EUA desmoronaram em setembro, fruto da disputa em torno do prosseguimento das construções judias nos assentamentos da Cisjordânia ocupada.

Em um discurso a formuladores de políticas árabes e norte-americanos que colocou especial ênfase na paz israelo-palestina, Hillary disse que o presidente Barack Obama delineará sua política para o Oriente Médio e o norte da África nas próximas semanas.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, fez um alerta contra medidas unilaterais como declarar a criação de um Estado, argumentando que uma solução só pode ser alcançada por meio de negociações diretas.

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