Dois suspeitos detidos pelo ataque à bomba em Minsk confessaram o crime, disse o presidente da Bielo-Rússia, Alexander Lukashenko, nesta quarta-feira (13). O líder ordenou ainda que sejam interrogados membros da oposição. O atentado ocorreu na segunda-feira no metrô da capital do país, matando 12 pessoas.
"O crime foi resolvido. Funcionários da KGB e da polícia precisaram de um dia para concluir uma operação soberba e deter os autores sem alaridos e rumores", disse Lukashenko. O serviço de segurança ainda é chamado de KGB na Bielo-Rússia.
Mais cedo, o vice-procurador-geral Andrei Shved disse que "com uma grande probabilidade podemos deduzir que um dos suspeitos presos é o autor do atentado", citando as imagens das câmeras de segurança do metrô de Minsk.
Lukashenko ordenou ainda que críticos do governo sejam interrogados, por suposto envolvimento na explosão. "Eu ordenei a revisão de todas as declarações feitas por políticos", afirmou. Segundo ele, dessa forma talvez possam ser encontrados os mandantes do ataque. A oposição contesta a vitória folgada do presidente nas eleições de 19 de dezembro.
Em sua usual linguagem forte, Lukashenko pediu firmeza às forças de segurança para encontrar os culpados. Também recomendou que elas não "prestassem atenção para qualquer tipo de democracia e os lamentos e gemidos dos ocidentais patéticos".
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