As chuvas desta madrugada em Jacarta estão dificultando a normalização da capital indonésia, onde as inundações causaram a morte de 29 pessoas e desabrigaram 340 mil. Mais moradores procuraram as mesquitas e centros de assistência, onde milhares de pessoas estão refugiadas desde sexta-feira, quando as águas alagaram a cidade.
A agência Kompas informou que cerca de 500 mil pessoas estão sem água potável. O serviço de energia elétrica também continua interrompido em muitos distritos de Jacarta.
As imagens desta terça-feira das televisões locais praticamente repetem as de dias atrás: gente tentando passar entre as águas e alguns moradores resistindo a abandonar suas casas.
Segundo o jornal "The Jakarta Post", centenas de pessoas que perderam suas casas se instalaram no cemitério de Karet, no centro da cidade.
As autoridades calculam que 75% da cidade permanecem sob a água e alertaram para o perigo de doenças como a diarréia e disenteria. É a pior inundação desde a de 2002, que matou 40 pessoas. A maioria das mortes acontece por afogamento, eletrocussão ou por causa das doenças contraídas no contato com as águas.
Os ecologistas denunciaram que o sistema natural de drenagem da capital foi consideravelmente prejudicado pela construção de edifícios e shoppings nos últimos anos.