Os parceiros financeiros do Irã seriam afetados pelas novas sanções unilaterais que constam num projeto em discussão no Congresso dos Estados Unidos, disseram parlamentares nesta segunda-feira.
A legislação, destinada a coibir o programa nuclear do Irã, impediria, na prática, bancos de terceiros países de fazerem negócios com alguns importantes bancos iranianos ou com a Guarda Revolucionária do país, pois deste modo perderiam acesso ao sistema financeiro dos EUA.
A proposta foi anunciada conjuntamente pelo senador Chris Dodd e pelo deputado Howard Berman. Ela tramita entre negociadores de ambas as Casas antes de ir aos plenários.
Alguns parlamentares esperam a aprovação já no começo de julho, para que as medidas se somem às recém-aprovadas sanções do Conselho de Segurança da ONU contra o Irã.
Os EUA e seus aliados acusam Teerã de desenvolver armas nucleares secretamente, embora a República Islâmica insista no caráter pacífico das suas atividades.
"A lei apresenta uma escolha clara aos bancos estrangeiros que façam negócios com entidades iranianas da lista negra --cessem suas atividades ou tenham negado o acesso ao sistema financeiro da América", diz o sumário do projeto.
Empresas dos EUA já são proibidas de fazerem negócios com o Irã. Empresas estrangeiras com grandes investimentos no setor energético iraniano também podem ser punidas conforme a atual lei dos EUA, mas muitos parlamentares argumentam que isso há anos não é cumprido.
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