Quais são os principais motivos para Israel se opor ao reconhecimento do Estado palestino?
Os palestinos têm de lembrar que eles rechaçaram essa resolução [em 1947]. Temos que estar a favor da criação de dois Estados. Um judeu para israelenses e um árabe para os palestinos. A objeção de Israel ao reconhecimento na ONU é que é um fato prematuro e unilateral. Por isso pensamos que a criação de um Estado palestino deve ser resultado de um processo de diálogo e negociação entre Israel e os palestinos. Aí sim, Israel não somente apoiará, mas vai ser o primeiro a sugerir a criação de um Estado palestino.
Um dos argumentos dos palestinos para ir à ONU pedir o reconhecimento é que as negociações estão estagnadas. Na opinião de Israel, o que falta da parte da Palestina para que essas negociações sejam realmente retomadas?
Eles rechaçam, não estão dispostos a manter diálogo, a manter negociação. E não é possível que uma parte, se não consegue 100% de suas demandas, diga que as negociações estão estagnadas. Um processo de paz é um compromisso. Cada parte tem de fazer gestos para se aproximar de um acordo.
Existiria possibilidade de as fronteiras voltarem a ser as daquele acordo de antes 1967, da Guerra dos Seis Dias? Israel poderia retirar-se de alguns territórios?
Pode ser que esse acordo tenha implicações territoriais, não sei. Mas vamos ter de dialogar temas muito importantes como fronteiras, refugiados, Jerusalém, assentamentos, segurança. Não posso dizer agora como vai ser o resultado da negociação, porque é para ter um resultado que vamos negociar.
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