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O secretário geral da ONU, Ban Ki-moon, se encontrou com o presidente do Conselho Nacional de Transição da Líbia, Mustafa Abdel Jalil | REUTERS/Jason Szenes/Pool
O secretário geral da ONU, Ban Ki-moon, se encontrou com o presidente do Conselho Nacional de Transição da Líbia, Mustafa Abdel Jalil| Foto: REUTERS/Jason Szenes/Pool

A nova bandeira da Líbia tremulou na terça-feira na ONU pela primeira vez desde que Muamar Kadafi foi derrubado do poder, e o presidente dos EUA, Barack Obama, recomendou aos últimos seguidores do líder deposto que parem de lutar.

Líderes internacionais presentes numa conferência de alto nível da ONU sobre o assunto congratularam os líbios -- e a si próprios -- pela queda de Kadafi, ocorrida ao cabo de sete meses de guerra civil em que a Otan foi decisiva no seu apoio aos rebeldes.

Ao saudar os novos líderes líbios na comunidade internacional, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse que o Conselho de Segurança da ONU agiu para proteger o povo líbio da violência, e por isso autorizou bombardeios da Otan contra as forças de Kadafi.

"Hoje, devemos novamente responder com tal velocidade e ação decisiva -- desta vez para consolidar a paz e a democracia", afirmou Ban.

A Líbia voltou à bandeira que usou entre 1951 e 1977, quando Kadafi, que governou o país durante 42 anos, introduziu a bandeira totalmente verde da sua Jamahiriya (república popular).

O novo governo líbio, finalmente reconhecido na terça-feira pela União Africana, ainda tenta desalojar bem armados seguidores de Kadafi em várias cidades, e ainda não iniciou a contagem regressiva para a redação de uma nova Constituição e a realização de eleições.

Eles também enfrentam dúvidas sobre a sua capacidade de unificar um país dividido em facções tribais, regionais e ideológicas.

Mustafa Abdul Jalil, presidente do Conselho Nacional de Transição (CNT), prometeu um espírito de tolerância e reconciliação e fez um apelo por assistência internacional para ajudar o seu país a emergir do conflito e construir a democracia.

Quem já prometeu ajuda foi o presidente norte-americano, Barack Obama, que pediu que as últimas forças leais a Kadafi deponham as armas e anunciou o retorno do embaixador norte-americano a Trípoli.

"Hoje, o povo líbio está escrevendo um novo capítulo na vida da sua nação", disse Obama, anunciando que o embaixador dos EUA voltará a Trípoli. "Vamos ficar com vocês na sua luta para realizar a paz e a prosperidade que a liberdade pode trazer."

"Os que ainda resistem devem entender -- o velho regime acabou, e é hora de depor as armas e aderir à nova Líbia", disse Obama, quase um mês depois de Kadafi ser expulso do poder.

O presidente norte-americano prometeu ainda que "enquanto o povo líbio estiver ameaçado, a missão comandada pela Otan para protegê-lo irá continuar."

Kadafi, que está foragido, provocou na terça-feira a aliança ocidental, num discurso transmitido por uma TV síria, em que disse. "As bombas dos aviões da Otan não irão durar."

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