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Ocupação de sede do governo levou o novo prêmie Wongsawat a priorizar à reconciliação nacional: ligação com ex-prêmie Thaksin desperta resistências nos rebeldes | Sukree Sukplang / Reuters
Ocupação de sede do governo levou o novo prêmie Wongsawat a priorizar à reconciliação nacional: ligação com ex-prêmie Thaksin desperta resistências nos rebeldes| Foto: Sukree Sukplang / Reuters

O novo primeiro-ministro da Tailândia, Somchai Wongsawat, anunciou nesta sexta-feira (19) a abertura de um diálogo com os manifestantes que há três semanas ocupam a sede do governo, provocando turbulências financeiras no país.

Somchai, cunhado do polêmico ex-premiê Thaksin Shinawatra, não deu detalhes sobre suas conversas com dirigentes da Aliança Popular para a Democracia (APD), mas se disse otimista.

"Somos todos tailandeses e não deveríamos nos odiar para sempre. Nossas diferenças sobre idéias podem ser passadas a limpo por meio do diálogo", disse Somchai a jornalistas.

Os quatro meses de manifestações nas ruas contra o governo afetaram a confiança na economia e afastaram turistas do país.

Nesta quarta-feira, o ex-juiz e ex-funcionário público Somchai, de 61 anos, foi eleito pelo Parlamento para substituir Samak Sundaravej, demitido por ter apresentado um programa de culinária na TV quando já era primeiro-ministro, o que configurou um conflito de interesses.

Somchai diz priorizar a reconciliação nacional, mas sua estreita ligação com Thaksin deve despertar resistências na APD, que em 2005 já havia se mobilizado numa campanha que acabou desencadeando o golpe militar de 2006 que depôs o antigo premiê.

Nesta quinta-feira (18), um dirigente da APD disse que Somchai convocou Sondhi Limthongkul, líder da campanha contra Thaksin, horas depois de ser ungido pelo rei como premiê.

Outro dirigente da APD disse na sexta-feira que uma das exigências do partido é que Somchai explique como o seu governo vai trazer Thaksin de volta do seu exílio em Londres para que seja julgado por acusações de corrupção.

"O sr. Somchai deve declarar claramente que não vai arquivar os processos contra Thaksin", disse Pipob Dhongchai a jornalistas.

Em entrevista por telefone na quinta-feira, Thaksin disse que as acusações de corrupção são parte de uma conspiração de adversários e devem ser "resolvidas por meios políticos".

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