O Partido Liberal Democrata (PLD, situação) planeja escolher seu novo presidente - e futuro primeiro-ministro do país - no dia 22 de setembro, segundo fontes da legenda citadas nesta terça-feira (2) pela agência Kyodo. Na tentativa de pôr fim a um impasse no Parlamento, o primeiro-ministro Yasuo Fukuda renunciou nesta segunda, terminando de maneira abrupta seu impopular governo, após menos de um ano no cargo. Os dirigentes do PLD se reuniram nesta segunda em Tóquio para iniciar o processo de escolha do novo líder.
Segundo fontes do PLD, espera-se que a campanha eleitoral interna do partido comece no dia 10 de setembro. O secretário-geral do PLD e ex-ministro de Relações Exteriores, Taro Aso, é considerado favorito para o posto e sinalizou sua intenção de concorrer. Takashi Sasagawa, presidente do comitê de assuntos gerais do PLD, disse que o partido vai se reunir amanhã para fixar formalmente uma data para a eleição interna.
O próximo presidente do PLD se transformará automaticamente em primeiro-ministro devido à maioria que tem com seu parceiro, o Novo Komeito, na Câmara dos Deputados. Ao fixar a data, o PLD pode tentar obscurecer uma eleição semelhante no Partido Democrata, de oposição, que pressiona pela antecipação das eleições gerais desde o ano passado, quando conseguiu maioria no Senado.
Fukuda, de 72 anos, teve dificuldades para lidar com um parlamento dividido, onde os partidos de oposição têm o poder de atrasar os trabalhos legislativos.
"Bom" candidato
Com o vácuo político ameaçando uma economia à beira da recessão, Aso, de 67 anos, disse que é um bom candidato para governar o país. Se ele conseguir chegar à liderança em sua quarta tentativa, será o 11º premiê japonês em 15 anos. "Eu acho que (Fukuda) sentiu que tinha trabalhos não terminados e ele disse que queria que eles fossem concluídos", disse Aso em coletiva de imprensa, antes da votação para a liderança, marcada para daqui a três semanas. "Como alguém que discutiu essas questões com ele incluindo o pacote econômico, acho que tenho as credenciais para assumir isso", disse o veterano parlamentar.