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Um novo esboço da resolução da ONU mantém sanções econômicas contra a Coréia do Norte e também às armas mas esclarece que as medidas não incluem força militar, de acordo com um texto que circulou entre os membros do Conselho de Segurança nesta quinta-feira. Em um esforço para adequar objeções da China e da Rússia, o rascunho da resolução elimina um embargo total às armas mas proíbe armamento pesado convencional, com veículos de combate blindados, helicópteros de ataque, navios de guerra e mísseis.

A resolução também permite que nações inspecionem navios que entrem ou saiam da Coréia do Norte para prevenir o tráfico de armas nucleares, químicas ou biológicas e materiais afins. Mas a medida agora diz que tal ação seria cooperativa, sem dar detalhes. O anúncio feito pela Coréia do Norte na segunda-feira sobre a realização de um teste nuclear provocou uma condenação da atitude pela Rússia e China que encorajou os Estados Unidos a esperar uma resposta unificada das 15 nações do Conselho de Segurança.

O embaixador da ONU nas Nações Unidas, Kenzo Oshima, atual presidente do Conselho de Segurança, disse que espera uma votação no sábado sobre o texto revisto, o terceiro esta semana. Mas os ministros estrangeiros ainda têm que aprovar o esboço da resolução. A resolução também imporia uma proibição de qualquer transferência ou desenvolvimento de armas de destruição em massa assim como a venda de artigos de luxo para a Coréia do Norte.

A medida também congelaria fundos no exterior de pessoas ou negócios ligados aos programas nucleares e de míssil balístico da Coréia do Norte "de acordo com os processos de legais de cada nação". A resolução inclui o compromisso de aplicar medidas de acordo com o capítulo 7 da Constituição das Nações Unidas, que inclui sanções, bloqueios e ações militares em relação a ameaças à segurança e à paz mundial.

Apesar de não haver o uso automático da força, a menos que o conselho especificamente autorize, a China temeu que ações militares estariam subentendidas e por isso invocou o artigo 41 do capítulo 7, que restringe as sanções a medidas econômicas, diplomáticas e outras não militares. O texto agora inclui uma frase que coloca a resolução "de acordo com o capítulo 7 das Constituição das Nações Unidas, e tomando medidas sob o artigo 41".Japão aprova sanções contra Coréia do Norte

O governo do Japão aprovou nesta sexta-feira uma nova série de sanções contra a Coréia do Norte, inclusive um embargo total sobrea importações, que entram em vigor imediatamente, segundo os meios de comunicação. A maioria destas medidas suplementares, decididas nesta sexta-feira, serão aplicadas, em princípio, por seis meses.

Estas novas sanções, que pareciam inevitáveis depois do teste nuclear norte-coreano de segunda-feira, prevêem a suspensão completa das importaÇäes de produtos norte-coreanos. Também proíbem o acesso de navios norte-coreanos aos portos japoneses. Desde quarta-feira o Japão proíbe o acesso ao território japonê de quase todos os norte-coreanos.

O presidente da China, Hu Jintao, disse nesta sexta-feira ter chegado a um "grande consenso" sobre a crise nuclear norte-coreana durante sua reunião com o presidente da Coréia do Sul, Roh Moo-hyunm, informou a agência de notícias oficial Xinhua, sem dar maiores detalhes.O presidente da Coréia do Sul, Roh Moo-hyun (à esq.), cumprimenta o dirigente da China, Hu Jintao, no Grande Hall do Povo em Pequim. Os líderes chegaram a um consenso sobre a Coréia do Norte/Reuters

Roh, que chegou esta manhã (horário local) à capital chinesa, manteve uma reunião a portas fechadas com o presidente da China, antes das conversas oficiais no Grande Palácio do Povo. Os dois países consideram fundamental a retomada das conversas multilaterais sobre o tema, da qual participam também Coréia do Norte, Rússia, Estados Unidos e Japão.

A secretária de Estado dos Estados Unidos, Condoleezza Rice, planeja visitar na próxima semana Japão, China e Coréia do Sul, para conversar sobre a crise causada pelo teste nuclear realizado pela Coréia do Norte. A viagem tem como objetivo enviar uma mensagem de firmeza à Coréia do Norte, incentivando a cooperação entre as quatro nações, para facilitar a adoção de sanções contra Pyongyang no Conselho de Segurança das Nações Unidas.

As visitas haviam sido anteriormente programadas para novembro, como parte de uma viagem asiática que incluiria a participação na reunião ministerial do Fórum de Cooperação Econômica da Ásia-Pacífico (Apec), que acontecerá em Hanói, nos dias 15 e 16 de novembro. No entanto, o teste nuclear realizado na última segunda-feira pela Coréia do Norte forçou a antecipação dos planos. Existe ainda o risco de que Pyongyang realize um segundo teste atômico nos próximos dias.

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