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Novos disparos ocorreram nesta terça-feira no lado externo do centro comercial de Nairóbi, que foi alvo de um ataque do grupo fundamentalista Al Shabab no último sábado, e que a polícia queniana garantiu estar sob controle.
Um breve tiroteio aconteceu durante o amanhecer, em torno das 6h30 locais (0h30 de Brasília), e três horas mais tarde foram ouvidos novos disparos nos arredores do shopping "Westgate", como comprovou a Agência Efe.
A atividade policial interrompeu uma noite que tinha transcorrido com calma, após o dia de ontem, quando ocorreram várias explosões e um grande incêndio no interior do centro comercial.
Até o momento não foram divulgadas informações oficiais sobre a situação no interior do edifício, onde, no final da noite de segunda-feira, a polícia não sabia precisar o número de reféns nem de terroristas que permaneciam no interior.
A polícia informou sobre a detenção de mais de dez suspeitos relacionados com o atentado terrorista, no qual até então morreram pelo menos 62 pessoas e outras 180 ficaram feridas.
Um pronunciamento do presidente do Quênia, Uhuru Kenyatta, foi anunciado para hoje durante a manhã, mas seis horas depois ainda não se sabe quando ele vai fazê-lo.
Os helicópteros voltaram a sobrevoar o perímetro do shopping center ao longo da manhã e o Exército informou, através do Twitter, que continua sua operação para "neutralizar a ameaça terrorista" e fazer um pente-fino no interior do edifício.
"O Exército do Quênia continua garantindo a segurança no edifício do Westgate. Uma declaração oficial sobre a situação da operação será feita mais tarde", afirmou na rede social.
A polícia, por outro lado, pediu que se "ignore a propaganda do inimigo", em alusão a algumas mensagens supostamente publicadas no Twitter pelo Al Shabab.
"O Westgate está sob o total controle das forças governamentais e estamos fazendo um pente-fino na área para garantir que a segurança para todo mundo", acrescentou.
Segundo os últimos dados divulgados ontem pela Cruz Vermelha, também há cerca de 60 desaparecidos com os quais não foi possível o contato desde o início do atentado.
Durante os três últimos dias, as forças de segurança e os corpos de voluntários conseguiram retirar mil pessoas do Westgate, um dos shoppings mais luxuosos da cidade e frequentado por estrangeiros e quenianos de classe alta.