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Exército da Libéria enfrentam a manifestantes na favela West Point, na capital do país, Monróvia | Ahmed Jallanzo / EFE
Exército da Libéria enfrentam a manifestantes na favela West Point, na capital do país, Monróvia| Foto: Ahmed Jallanzo / EFE

A OMS (Organização Mundial da Saúde) atualizou nesta quarta-feira (20) o número de mortos pela epidemia de ebola na África para 1.350, com 106 novas mortes registradas nos dias 17 e 18 de agosto.A entidade divulgou que o número de casos confirmados chegou a 2.473, no maior surto da doença desde a descoberta do vírus do ebola, em 1976.

A Libéria segue sendo o país com mais mortos (576) e casos confirmados (972), seguida pela Guiné (396 mortes e 579 casos) e por Serra Leoa (374 mortes e 907 casos).

Na Nigéria, a situação é considerada estável, com quatro mortos e 15 casos. Nenhuma nova morte foi registrada entre os dias 17 e 18.

A agência de saúde da ONU alertou ainda que "países estão começando a experimentar escassez de oferta, incluindo, incluindo alimentos, combustível e suprimentos básicos", devido à suspensão de voos de e para os três países mais afetados.

Droga experimental

Cientistas britânicos estimam que até 30 mil pessoas precisam do tratamento experimental contra a febre hemorrágica provocada pelo vírus do ebola, que atualmente se espalha por três países da África ocidental.

Oliver Brady, epidemiologista da Universidade de Oxford, e seus colegas acreditam que esse número pode ser ainda maior, mesmo em um cenário conservador."Essa demanda provavelmente é maior do que muitos imaginam", escreveu Brady na revista científica Nature.

Ao todo, 17 drogas contra o ebola e 12 vacinas estão em desenvolvimento em várias companhias e instituições, segundo a BioWorld, uma publicação da Thomson Reuters. Alguns foram definhando em estudos com animais e outros pré-clínicos por mais de uma década.

"É inconcebível pensar que todos os indivíduos infectados ou com risco de infecção terão tratamento - simplesmente não há medicação experimental suficiente", afirma Jonathan Ball, professor de virologia molecular na Universidade de Nottingham, que não está envolvido com o time de trabalho de Oxford.

Como muitos especialistas, Ball acredita que a epidemia atual será interrompida após medidas padrão de controle de infecção e educação pública.

Na semana passada, o governo do Canadá afirmou que vai doar de 800 a 1.000 doses de uma vacina do ebola desenvolvida por um laboratório governamental para a OMS, ainda que nunca testada em humanos.

Outra vacina, da GlaxoSmithKline, aguarda aprovação da FDA (agência que regula alimentos e remédios nos EUA) para iniciar um estudo de segurança humana, possivelmente no próximo mês.

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