O número de mortos no terremoto que atingiu o Paquistão na madrugada de quarta-feira (29) subiu para 215, informou uma fonte do governo nesta quinta. O tremor de 6,4 graus atingiu o sudoeste do país, região localizada perto da fronteira com o Afeganistão, e devastou cerca de 2 mil casas em muitos distritos. Dezenas de feridos estão internados.
Outra fonte oficial disse que a busca por sobreviventes terminou e que as autoridades estão focadas agora nos esforços para ajudar os quase 15 mil desabrigados.
Testemunhas disseram ter sentido pelo menos 20 outros abalos secundários de menor intensidade.
O Exército enviou suprimentos e equipes médicas ao distrito de Ziarat, um dos mais atingidos. "Gostaria de apelar ao mundo inteiro por apoio. Precisamos de comida, precisamos de remédios. As pessoas vão necessitar de roupas quentes e cobertores, porque faz frio aqui", declarou o prefeito Dilawar Kakar.
Autoridades disseram que milhares de pessoas passaram a noite desta quarta-feira em tendas montadas pelos militares, mas ainda há áreas que não foram inspecionadas pelos soldados, numa região onde as temperaturas são extremamente baixas.
Os distritos mais afetados são Loralai, Chaman, Pishin, Kuchlak, Quetta e Ziarat. Moradores dizem que sentiram dois tremores consecutivos. "Houve dois tremores, o segundo foi sério e as pessoas correram para fora de suas casas", disse o morador de Quetta, Amjad Hussain. Quetta sofreu uma grande destruição durante um terremoto em 1935, quando morreram 30 mil pessoas.
Em outubro de 2005 um terremoto de magnitude 7,6 matou 73 mil pessoas nas montanhas do norte do Paquistão. No ano passado, as piores enchentes da história de Baluchistan mataram centenas.
- Terremoto no Paquistão deixa ao menos 175 mortos
- Após 160 mortos, Paquistão volta a tremer com novo abalo
- Terremoto de 6,2 graus atinge Paquistão