Problemas no Japão devem atingir mercados asiáticos
Tóquio - Os problemas que afetarão o Japão após o terremoto e o tsunami devem ter repercussões na Ásia nas próximas semanas, complicando mais o quadro econômico da região num momento em que os países já sofrem com os preços mais altos do petróleo e dos alimentos, afirma The Wall Street Journal.
Tóquio - O terremoto e o tsunami que atingiram o Japão na sexta-feira passada deixaram 5.900 pessoas mortas ou desaparecidas, informou ontem a agência Kyodo. O primeiro-ministro Naoto Kan qualificou o terremoto e o tsunami como a pior crise no país desde o fim da Segunda Guerra Mundial
A agência de notícias Dow Jones cita ainda estimativas segundo as quais há mais de 10 mil pessoas que poderiam estar mortas por causa do desastre. Um jornal australiano, Sydney Morning Herald, cita estimativas de funcionários da prefeitura de Miyagi, a norte de Tóquio, segundo as quais apenas nesse distrito podem ter morrido 10 mil pessoas.
No começo da noite de ontem, de acordo com a contagem oficial feita pela polícia japonesa, o número de mortos no desastre estava em 1.886, além de 2.369 desaparecidos, informou a Kyodo.
A Agência de Gerenciamento de Desastres e Incêndios informou que 70 mil casas e prédios foram total ou parcialmente destruídos. Cerca de 550 mil pessoas foram retiradas de áreas de risco até ontem e enviadas a 2.600 abrigos em 6 prefeituras (governos regionais), mas o suprimento de água, alimentos e combustíveis é escasso em várias regiões.
O destino de dezenas de milhares de pessoas, incluídos os 8 mil moradores da pequena cidade costeira de Otsuchi, na prefeitura de Iwate, ainda é desconhecido. O governo de Miyagi disse que mil corpos foram encontrados na cidade de Minamisanriku, onde a prefeitura foi incapaz de contactar cerca de 10 mil moradores - metade da população.
Também ontem, o governo pediu ao Parlamento que aprove uma medida de emergência, a qual permitirá que as autoridades locais deem permissão para cremar ou sepultar corpos, o que agilizará os funerais, disse o ministro da Saúde, Yukio Okuda.
Muitos japoneses optam por cremar os corpos dos parentes mortos, e como o número de mortos em algumas prefeituras é elevado, estão pedindo a comunidades que foram pouco atingidas ou não foram que as ajudem a lidar com os corpos. "A situação atual é tão fora do comum, que é bem provável que os crematórios estejam operando além da capacidade", disse Yukio. "Essa é uma medida de emergência. Nós queremos ajudar as pessoas atingidas pelo terremoto da maneira que pudermos".
A cidade de Soma, por exemplo, tem apenas um crematório, com capacidade para receber 18 corpos por dia, disse um funcionário municipal, Katsuniko Abe. "Nós estamos sobrecarregados e pedimos a outras cidades que nos ajudem com os corpos", disse Abe à Associated Press.
A situação dos sobreviventes é difícil. Hajime Sato, funcionário do governo de Iwate, uma das prefeituras mais atingidas, disse que a entrega de suprimentos está em 10% do que é necessário.
Ajuda
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou ontem que está "de coração partido" com as imagens de devastação vindas do Japão.
Obama disse que os EUA estão dispostos a enviar qualquer tipo de assistência necessária para ajudar o Japão em suas tentativas de se recuperar do terremoto e do tsunami. Militares norte-americanos se uniram nos esforços de ajuda ao país asiático para lidar com a resposta aos fenômenos.
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