Barco da polícia que foi arrastado pela força do tufão Haiyan em Tacloban, nas Filipinas| Foto: REUTERS/Bobby Yip
Filipinos fazem fila a espera de ajuda depois da passagem do tufão
Vítimas do tufão Haiyan esperam em fila por uma chance de voar para longe dos escombros de Tacloban, no aeroporto da cidade que também foi danificado pela tempestade
C-130 carregado com provimentos para as vítimas do tufão pousa nas Filipinas. Ajuda não chega aos locais mais distantes em virtude da falta de combustível no país
Área de Tacloban arrasada pelo tufão Haiyan
Cidadãos de Tacloban transitam por ruas ainda repletas de entulhos após a passagem do tufão Haiyan pelas Filipinas
UTI neonatal foi improvisada em uma capela em Tacloban, a cidade mais atingida pela passagem do tufão Haiyan
Garota acende vela em Manama, nas Filipinas, em homenagem às vítimas do Haiyan
Residentes de Tacloban tentam salvar o que restou de seus pertences após a destruição
Devastação na província de Samar, onde 100% da população foi afetada pelo tufão
Crianças carregam baldes em frente a uma pichação que pede água e comida para os sobreviventes da passagem do tufão Haiyan pelas Filipinas
Segundo relatório divulgado ontem pela Cruz Vermelha, tufão Haiyan destruiu de 70 a 80% dos prédios da região da cidade de Tacloban por onde passou
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Contrariando o presidente filipino, Benigno Aquino, que afirmara que os mortos após a passagem do supertufão Haiyan não chegariam a 2.500, a ONU informou nesta quinta-feira (14) que as baixas já estão em 4.460, segundo números das próprias agências do governo.

Estimativas iniciais indicavam que o tufão pode ter matado dez mil pessoas. Cerca de 920 mil pessoas estão desabrigadas, e quase 11,8 milhões foram afetadas.

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"Até 13 de novembro, o governo informou que 4.460 pessoas morreram", afirmou o escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários em seu relatório diário sobre a situação, emitido de Manila e datado de 14 de novembro.

Mais cedo, o porta-aviões americano USS George Washington chegou à área mais devastada pelo tufão nas Filipinas aumentando as esperanças de que finalmente a ajuda chegue às vítimas. O temor pela violência e pela ação de bandidos fez com que algumas agências humanitárias reduzissem os trabalhos de assistência. Desesperados e famintos, sobreviventes da tempestade disputam comida, água, medicamentos e a chance de serem resgatados.

Voluntários foram aconselhados a não se movimentarem em Tacloban, uma das cidades mais afetadas pelo fenômeno. Alguns funcionários da ONU já haviam sido retirados por razões de segurança, segundo o jornal britânico "Guardian". E a ONG Plan International retirou todos os 15 de seus empregados - normalmente baseados em Tacloban - até que a segurança seja restaurada na cidade, de acordo com o porta-voz Ian Wishart.

Para evitar a propagação de doenças, autoridades locais e entidades religiosas começaram na quarta-feira a cavar valas comuns para os mortos. À noite, o prefeito de Tacloban, Alfred Romualdez, conduziu um enterro coletivo em um cemitério nos arredores da cidade. Autoridades disseram que tinham sido feitos todos os esforços para garantir que os corpos pudessem ser identificados nas próximas semanas.

RetiradaO temor pela violência nas Filipinas fez com que algumas agências humanitárias ordenassem a retirada de suas equipes. O caos e a selvageria tomaram conta do arquipélago asiático após a passagem do tufão Haiyan, considerado um dos mais potentes da História. Desesperados e famintos, sobreviventes da tempestade disputam comida, água e o sonho de serem resgatados da destruição.

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Uma nota tem circulado entre os trabalhadores humanitários aconselhando-os a não se movimentarem em Tacloban, uma das cidades mais afetadas pelo fenômeno. Alguns funcionários da ONU já haviam sido retirados por razões de segurança. A ONG Plan International retirou todos os 15 de seus funcionários - normalmente baseados em Tacloban - até que a segurança seja restaurada na cidade, de acordo com o porta-voz Ian Wishart.

O presidente Benigno Aquino está sob crescente pressão nesta quinta-feira para acelerar a distribuição de alimentos, água e remédios para os sobreviventes do supertufão, enquanto aviões dos EUA chegam para impulsionar os trabalhos de socorro Aeronaves militares americanas C-130 voam com suprimentos para o arquipélago asiático. O USS George Washington, um porta-aviões que pode acomodar o pouso de helicópteros, estava previsto para chegar ao largo da costa.

Tufão nas Filipinas