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O que se sabe até o momento sobre os atentados de Paris

Pessoas seguram uma bandeira da França em frente ao restaurante Le Carillon, um dos locais dos ataques | PASCAL ROSSIGNOL/REUTERS
Pessoas seguram uma bandeira da França em frente ao restaurante Le Carillon, um dos locais dos ataques (Foto: PASCAL ROSSIGNOL/REUTERS)

O número de mortos após os oito ataques coordenados em Paris na sexta-feira (13) é de 129 e mais de 350 pessoas estão feridas. Nesta segunda-feira (16), a polícia da Bélgica começou a realizar operações no distrito de Molenbeek, no subúrbio de Bruxelas, região conhecida por concentrar muçulmanos radicais.

Terroristas

Membros do EI que participaram dos ataques em Paris começaram a ser identificados pelas autoridades.Veja a lista.

Buscas

A polícia francesa realizou 168 buscas durante a noite casas de supostos militantes islâmicos. O ministro do Interior da França afirmou que 23 pessoas foram detidas, 104 estão em prisão domiciliar e 31 armas foram apreendidas.

As operações aconteceram em 19 departamentos, incluindo Paris e seus arredores, e em todas as grandes cidades francesas, como Lille, Toulouse e Marselha (sul). Uma das operações ocorreu no subúrbio parisiense de Bobigny. Em Lyon, cinco pessoas foram presas e armas foram apreendidas, incluindo um lançador de granadas, coletes, várias pistolas e um fuzil de assalto Kalashnikov.

Uma operação no subúrbio de Molenbeek em Bruxelas com intenção de encontrar o suspeito Salah Abdeslam foi realizada.

Ameaças

O Estado Islâmico divulgou vídeo nesta segunda-feira em que ameaça um ataque a Washington e aos países que bombardeiam a Síria. Autoridades do governo da Turquia disseram que a França foi informada duas vezes em menos de um ano sobre a existência de Ismael Omar Mostefai, que entrou na Turquia em 2013. Segundo a fonte, a França só respondeu às notificações após os atentados de sexta-feira.

Nesta segunda-feira, os Estados Unidos destruíram 116 caminhões do Estado Islâmico que transportam petróleo contrabandeado pelo grupo em Deir al-Zour, no Leste da Síria. A intenção do Pentágono, departamento de Defesa dos Estados Unidos, é atingir a frota de veículos para prejudicar uma das principais fontes de renda para operações militares do EI.

Resposta Francesa

O primeiro-ministro francês, Manuel Valls, afirmou nesta segunda-feira que o país pode ser alvo de novos atentados nos próximos dias ou semanas. O premiê disse ainda que outros atos terroristas estão sendo preparados contra outros países europeus.

Um minuto de silêncio se espalhou por vários pontos da Europa às 12h (horário local, 9h no horário de Brasília). Milhares de pessoas se reuniram em diferentes cidades da França para prestar homenagem às vítimas dos ataques e, na capital francesa, multidões se reuniram em frente aos locais atacados.

No domingo, a França lançou uma ofensiva militar na cidade de Raqqa, capital do califado autoproclamado do Estado Islâmico na Síria. Segundo o ministério de Defesa da França, foram atingidos um centro de controle e comando, um campo de recrutamento, um depósito de munição, um estádio, uma prisão secreta e um campo de treinamento. Ao total, foram 20 bombas utilizadas.

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