Obama se beneficiou da crise financeira e teve uma boa avaliação por seu desempenho no debate| Foto: Jason Reed / Reuters

O candidato democrata à presidência dos Estados Unidos, Barack Obama, ampliou a liderança sobre o seu rival republicano John McCain após o primeiro debate presidencial entre os dois, indicam as pesquisas publicadas nesta quarta-feira (1). A pesquisa da Pew Research Center mostra que Obama lidera com 49% das intenções de voto dos americanos, enquanto McCain está com 42%. A sondagem entrevistou apenas eleitores registrados. Na pesquisa anterior da Pew, Obama tinha 46% das intenções de voto e McCain 44%. Já a pesquisa do Instituto da Universidade Quinnipiac indica que as intenções de voto no candidato democrata saltaram para 50% em vários estados cruciais para decidir a eleição, os chamados 'swing states', conhecidos por votarem tanto em republicanos quanto em democratas e que por isso podem decidir a eleição. Foi o caso da Flórida, Ohio e Pensilvânia. As informações são do blog do The Wall Street Journal.

CARREGANDO :)

Uma terceira pesquisa publicada nesta quarta-feira, a pesquisa diária do Gallup, indica que Obama lidera com 48% das intenções de voto e McCain está com 44%. A pesquisa do Gallup, publicada na página do instituto na internet, mostra que a liderança de Obama era maior no começo desta semana, quando ele estava com 50% das intenções de voto e McCain tinha 42%. A pesquisa do Gallup tem margem de erro de dois pontos porcentuais para mais ou para menos e ouviu 2.746 eleitores registrados na segunda-feira e terça-feira. O Gallup avalia que Obama chegou a abrir oito pontos de vantagem sobre McCain algumas vezes na corrida presidencial, mas não conseguiu manter essa margem de liderança por muito tempo. "O debate entre os candidatos a vice-presidente Sarah Palin e Joseph Biden, na noite de quinta-feira, poderá ter efeito sobre a corrida presidencial", projeta o Gallup.

A Pew encontrou três razões para Obama ter ampliado a liderança. O candidato obteve uma boa avaliação por seu desempenho no debate, o que ajudou a melhorar sua imagem de liderança. "Agora já não existe mais, na mente dos eleitores, uma diferença sobre qual candidato usaria um melhor julgamento para enfrentar uma crise", informa a Pew.

Publicidade

A segunda razão é que Obama se beneficiou da crise financeira. Quando os eleitores foram questionados sobre qual candidato poderia melhor resolver a crise na economia, 51% disseram que seria Obama e 33% que seria McCain. Em meados de setembro, Obama já liderava na questão, mas por margem menor, de nove pontos porcentuais.

Finalmente, o público prestou mais atenção na candidata a vice na chapa de McCain, a governadora do Alasca Sarah Palin. Uma maioria, 51% dos eleitores questionados, dizem que ela não é qualificada para ser presidente dos EUA. Logo antes da convenção nacional republicana, quando foi anunciado que Palin integraria chapa com McCain, 52% dos entrevistados diziam que ela era qualificada para o cargo. Agora, apenas 37% têm essa opinião.

Nos estados da Flórida, Ohio e Pensilvânia, a pesquisa da Universidade Quinnipiac mostra Obama na liderança. Logo antes do debate, o democrata tinha 49% das intenções de voto na Flórida e McCain tinha 43%. Após o debate, Obama ampliou a liderança para 51%, enquanto McCain ficou com 43%.

Em Ohio, onde Obama liderava com 49% a 42% antes do debate, após o evento passou para 50% a 42%.

Mas o maior impulso nas intenções de voto na candidatura Obama ocorreu na Pensilvânia, onde o candidato democrata saltou de 49% antes do debate para 54% após o evento. As intenções de voto em McCain na Pensilvânia caíram, de 43% antes do debate para 39% após o evento.

Publicidade

As pesquisas do instituto da Quinnipiac feitas antes do debate tinham margem de erro de 2,9 pontos porcentuais para mais ou para menos na Flórida e em Ohio e de 2,8 pontos porcentuais na Pensilvânia. Todas as pesquisas feitas após o debate nos três estados têm margem de erro de 3,4 pontos porcentuais. As informações são da Dow Jones.