O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e seu colega afegão, Hamid Karzai, assinaram nesta terça-feira (1º) em Cabul, onde o líder americano chegou em visita surpresa, um acordo de aliança estratégica.

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Em breves declarações durante a cerimônia de assinatura no palácio presidencial na capital afegã, o presidente americano declarou que com o acordo "estamos comprometidos a substituir a guerra pela paz".

O acordo estabelece o novo marco de cooperação entre os dois países uma vez que se complete a retirada das tropas da Otan em 2014 e terá uma vigência de dez anos.

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O pacto abrange tanto as áreas de comércio e economia como de segurança e governança.

Entre outras coisas, abre a porta para que os EUA mantenham uma presença militar no país asiático para treinar as forças afegãs - algo que quis fazer e não pôde no Iraque - e continue suas operações contra a rede terrorista Al Qaeda.

"Com a assinatura deste acordo estratégico, esperamos com antecipação um futuro de paz. Hoje concordamos em ser sócios em longo prazo", declarou o presidente americano.

A visita de Obama culminará com um discurso transmitido ao vivo à população americana desde a base militar de Bagram, nos arredores de Cabul, às 19h30 de Washington (20h30 de Brasília).

O líder partiu de Washington no mais absoluto segredo e aterrissou em Bagram, onde foi recebido, entre outros, pelo embaixador dos EUA no Afeganistão, Ryan Crocker, e pelo vice-comandante das forças americanas nesse país, o tenente-general Mike Scaparotti.

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Dali, Obama se deslocou em helicóptero ao palácio presidencial de Karzai.

A visita do presidente ao Afeganistão, a terceira de seu mandato, aconteceu no primeiro aniversário da morte do líder da rede terrorista Al Qaeda, Osama bin Laden, em uma operação de comandos americanos na residência deste em Abbottabad, no Paquistão.

Segundo indicaram altos funcionários americanos que falaram sob a condição do anonimato, o momento da viagem dependeu das negociações sobre o acordo de aliança estratégica e o desejo de ambos presidentes de assiná-lo antes da Cúpula da Otan que será realizada este mês em Chicago.