O presidente americano, Barack Obama, deu seu aval e apoio a uma eventual candidatura do vice, Joe Biden, à Presidência em 2016 — é o que diz a CNN, com base em fontes do alto escalão democrata. Segundo um funcionário próximo à dupla, Obama disse a ele que não se colocará em seu caminho. Biden também se reuniu com o casal de apoiadores Anita Dunn e Bob Bauer, antigos financiadores do presidente.
Funcionários da Casa Branca e ligados a Biden se negaram a comentar sua recente agenda de encontros e uma possível candidatura. No entanto, ela se soma a uma agenda pouco usual por parte do vice-presidente. No fim de semana, os rumores sobre a candidatura cresceram com uma reunião entre Biden e Elizabeth Warren, senadora democrata vista como opção à esquerda de Hillary pelos eleitores democratas, mas que não participará da eleição.
Além do encontro — oficialmente para discutir a política econômica do governo —, Biden já entrou em contado com doadores que poderiam ajudar a financiar a campanha: advogados, líderes da comunidade judaica e greco-americanos. Na quinta-feira, ele conversou com o empreiteiro George Tsunis, que arrecadou mais de US$ 750 mil para a campanha de Obama em 2012.
Aliados de Biden também contataram potenciais doadores homossexuais, que poderiam apoiar o vice-presidente, que defendia o casamento gay anos antes de Obama e Hillary Clinton.
Além disso, um grupo chamado “Draft Biden” já começou a construir uma infraestrutura para o caso de o vice-presidente abraçar a campanha. Após uma fase inicial de arrecadação de dinheiro, eles já começaram a contratar pessoal.
“Nas próximas semanas esperamos expandir nossas operações para que possamos nos comunicar com mais eleitores sobre o histórico do vice-presidente”, disse Josh Alcorn, um amigo de família de Biden que está trabalhando no comitê. “Estamos sondando pessoas nos estados das primeiras primárias, ativistas e potenciais apoiadores”.
Biden também começou a receber apoio público de figuras-chave do Partido Democrata a sua candidatura. Ontem, o governador da Califórnia, Jerry Brown, defendeu que o vice-presidente “considere seriamente” a possibilidade de concorrer.
Um dos adversários de Hillary, o ex-governador Martin O’Malley, também defendeu a candidatura.
“Seria bom ter mais um democrata de vida inteira na disputa”, disse O’Malley, alfinetando o atual principal rival da ex-primeira-dama, Bernie Sanders, que se define como um “socialista” e já disputou eleições como candidato independente.
Até nomes que já declararam apoio a Hillary parecem acreditar em Biden como um plano B. É o caso do ex-governador do Novo México Bill Richardson, que disse que Biden seria um candidato “formidável” se entrasse na disputa. O ex-líder democrata no Senado Tom Daschle, que já doou o valor máximo permitido por lei para a campanha de Hillary, disse a amigos que reveria sua posição se o vice-presidente concorresse.
A data considerada como limite para que Biden, ainda em luto pela perda recente do filho mais velho, Beau, para um câncer, tome a decisão final sobre a candidatura é o início de outubro, antes do primeiro debate televisivo entre os candidatos democratas, marcado para o dia 13 daquele mês.
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