O presidente norte-americano, Barack Obama, disse neste domingo (20) que espera que seu novo plano de defesa antimísseis para a Europa deixará a Rússia "menos paranóica", mas negou ter rejeitado um plano anterior para instalar um sistema de defesa antimísseis no leste europeu apenas para apaziguar Moscou.

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Desde o anúncio na quinta-feira, de que ele teria desistido dos planos de seu antecessor, o republicano George W. Bush, e os substituído por uma nova versão, Obama tem sofrido críticas de republicanos, que veêm a medida como uma concessão unilateral à Rússia.

Moscou já havia protestado contra o plano de Bush contra a ameaça do lançamento de mísseis de longa distância pelo Irã, porque o dispositivo estaria baseado na República Tcheca e na Polônia.

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Obama afirmou, no entanto, em entrevista à rede de televisão CBS, que sua decisão não deve ser vista como uma concessão à Moscou.

"Os russos não determinam nossa posição em defesa", disse. "Nós tomamos uma decisão sobre o que seria melhor para proteger o povo norte-americano, bem como nossas tropas na Europa e nossos aliados".

Obama tem se frustrado com a Rússia, que continua recusando a se juntar ao coro, liderado pelos Estados Unidos, que pede que as Nações Unidas endureçam as sanções implementadas contra o Irã, que nega acusações de grandes potências ocidentais de que estaria desenvolvendo armas nucleares.

"Se uma consequência disso for que os russos se sintam um pouco menos paranóicos e que estejam mais dispostos para trabalhar de forma mais eficiente conosco para lidar com ameaças como essa de mísseis balísticos do Irã, ou desenvolvimento nuclear no Irã, então, sabe, é um bônus", disse Obama.

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