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Análise da gestão

Obama descarta fechamento da fronteira com o México

Obama falou sobre a inutilidade de fechar a porteira com o México como medida contra a gripe suína, sobre política externa e também sobre a indústria automobilística, durante coletiva na Casa Branca, em Washington | Saul Loeb / AFP Photo
Obama falou sobre a inutilidade de fechar a porteira com o México como medida contra a gripe suína, sobre política externa e também sobre a indústria automobilística, durante coletiva na Casa Branca, em Washington (Foto: Saul Loeb / AFP Photo)

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, descartou nesta quarta-feira (29) o fechamento da fronteira com o México para deter a gripe suína, durante a entrevista coletiva pelos 100 dias de seu governo.

"Deste ponto de vista, é inútil fechar a porteira depois que os cavalos fugiram, já que temos casos nos Estados Unidos", disse Obama. "Isto nos causa profunda preocupação, mas não pânico", completou o presidente.

Nesta quarta-feira, os EUA confirmaram a primeira morte pela doença no país. Um bebê de 23 meses era um mexicano que viajou para Houston em busca de tratamento. O bebê morava em Matamoros, na fronteira do México com o Texas. Seus pais não estão doentes. O Texas declarou estado de emergência por conta da doença.

Política externa

Durante a coletiva, Obama também falou sobre política externa. O democrata assegurou que o sistema político do Iraque está resistindo aos recentes atentados e que os Estados Unidos darão tempo ao país para resolver os assuntos-chave para o futuro iraquiano antes de deixarem o terreno.

O presidente reconheceu que os atentados "espetaculares" que ocorreram no Iraque recentemente são "uma causa legítima de preocupação", mas destacou que o número de mortes entre os civis é "muito baixo" em comparação com o ano passado.

"O sistema político está resistindo e está funcionando", disse Obama.

Ele explicou que decidiu retirar as tropas americanas de forma gradual do Iraque e não de maneira precipitada, porque "há mais trabalho para fazer no lado político para isolar o restante da Al Qaeda no Iraque".

Entre as tarefas pendentes está definir como serão repartidos os royalties do petróleo, as fronteiras das províncias, as relações entre curdos, xiitas e sunitas, e a incorporação de forças militares sunitas ao exército iraquiano, explicou Obama.

O presidente disse que a administração americana deu ao sistema político iraquiano tempo para resolver as questões, mas continuará com a pressão sobre o governo para que haja avanços.

Nesta quarta, o Ministério de Interior iraquiano confirmou que pelo menos 41 pessoas morreram e mais de 68 ficaram feridas na explosão quase simultânea de três carros-bomba no distrito de maioria xiita de Cidade de Sadr, no leste de Bagdá.

Pouco depois, pelo menos duas pessoas morreram e outras dez ficaram feridas na explosão de dois carros-bomba nas proximidades de uma mesquita xiita no noroeste da capital iraquiana.

Questionado sobre a situação do Paquistão, Obama disse que "confia" na segurança do arsenal nuclear do país, ao se referir à ameaça de extremistas islâmicos.

"Tenho confiança de que o arsenal nuclear (paquistanês) ficará longe do alcance dos militantes" extremistas islâmicos, destacou Obama. "Penso que podemos garantir que o arsenal nuclear do Paquistão está seguro".

O presidente dos Estados Unidos também defendeu a decisão de proibir a tortura, e assegurou que essa medida "nos fortalecerá com o tempo, nos transformará em um país mais seguro com o tempo".

Na entrevista, ele considerou que práticas autorizadas pelo governo anterior, como os afogamentos simulados, "eram tortura, independente do raciocínio legal usado, foi um erro".

Indústria automobilística

Na coletiva, Obama também falou sobre a indústria automobilística. Ele disse que deseja uma General Motors (GM) "forte e competitiva" para superar a atual crise financeira.

"Sempre disse que a GM tem muitos produtos bons, e se conseguirem superar este período difícil, se adotarem as difíceis decisões que já tomaram, poderão emergir disto como uma empresa viável, forte e competitiva", declarou.

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