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A eleição de Barack Obama aparenta ser o início de uma nova era para as duas Coréias, disse nesta sexta-feira (7) um jornal pró-Coréia do Norte, enquanto os analistas começam a avaliar como a nova administração Obama poderá influir na diplomacia e na política na tensa e dividida península.

Um diplomata da Coréia do Norte disse que Pyongyang está preparada para o diálogo - mas também para o confronto - com o próximo presidente dos EUA. Já o líder conservador da Coréia do Sul disse que ele e Obama conversaram por telefone sobre o trabalho conjunto para resolver o impasse nuclear com os norte-coreanos.

O ex-secretário de Estado americano Colin Powell disse que está confiante de que Obama colocará no caminho uma política de negociar com a "beligerante e isolada" Coréia do Norte, para banir as armas nucleares da península coreana.

O diplomata norte-coreano Ri Gun disse que Pyongyang está preparada para qualquer mudança de política que for implementada pela administração de Obama.

"Nós vamos dialogar se (os EUA) buscarem o diálogo. Se eles buscarem o nosso isolamento, nós nos levantaremos contra isso", ele disse nesta quinta-feira, em comentários exibidos na televisão sul-coreana YTN.

O presidente dos EUA, George W. Bush, adotou a linha-dura com a Coréia do Norte quando assumiu a presidência em 2001. Bush disse que o país fazia parte do "eixo do mal" que também incluía, segundo ele, o Iraque e o Irã.

A política do governo Bush para a Coréia do Norte, no entanto, foi suavizada nos últimos anos. Obama distanciou-se, durante a campanha, do discurso linha-dura e enfatizou a disposição em manter conversações diretas, que até mesmo poderiam incluir um encontro pessoal com o líder norte-coreano, Kim Jong Il. O analista político Hong Hyun-ik, do Instituto Sejong, chamou a iniciativa de Obama como "uma política sincera", que acredita que o regime de Pyongyang poderá ser convencido a desistir das suas ambições nucleares, se suas preocupações forem discutidas.

Segundo ele, sob um governo Obama, as negociações entre Coréia do Norte e Estados Unidos poderão evoluir a uma velocidade muito mais rápida que nós esperamos".

Nesta sexta-feira (7), a televisão estatal da Coréia do Norte mencionou a vitória de Obama nas eleições presidenciais americanas - uma rara notícia sobre acontecimentos nos EUA.

"Ele derrotou o senador (John) McCain, o candidato republicano, por uma larga margem nas eleições", disse a emissora, de acordo co ma agência de notícias Yonhap, da Coréia do Sul.

Nos últimos meses, as relações entre os EUA e a Coréia do Norte esfriaram, em meio ao impasse sobre o programa nuclear norte-coreano.

O processo para acabar com o programa nuclear do Norte foi retomado no mês passado, após os EUA retirarem a Coréia do Norte da lista dos países que patrocinam o terrorismo. O emissário americano para a Coréia do Norte, Christopher Hill, disse que ele e Ri concordaram na quinta-feira em se engajarem em breve em uma nova roda de negociações.

As informações são da Aossciated Press.

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