O presidente dos EUA Barack Obama firmou na quinta-feira, convertendo em lei, novas e amplas sanções contra o Irã que visam limitar as importações de combustível da República Islâmica e aprofundar seu isolamento internacional.

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Obama disse que as novas sanções são as mais duras já aprovadas pelo Congresso norte-americano e vão dificultar a compra pelo Irã de petróleo refinado, além de bens e serviços para modernizar seu setor de óleo e gás natural, a base de sua economia.

Embora a porta para a diplomacia permaneça aberta, disse Obama, o Irã vai sofrer pressão internacional ainda maior se continuar a desafiar os chamados internacionais para suspender seu programa de enriquecimento de urânio.

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Os Estados Unidos e seus aliados europeus suspeitam que o Irã esteja tentando construir uma bomba atômica, apesar da insistência de Teerã de que seu programa nuclear visa a geração de energia para fins pacíficos.

"Que não reste dúvida: os EUA e a comunidade internacional estão determinados a impedir o Irã de dotar-se de armas nucleares", disse Obama ao assinar a lei das sanções, na Casa Branca.

Líderes da União Europeia concordaram no mês passado em intensificar as sanções da ONU contra o Irã, com medidas adicionais contra os setores financeiro, bancário, de seguros, de transportes e energético iranianos.

As novas sanções dos EUA vão muito além das medidas acordadas pelo Conselho de Segurança da ONU em junho e visam aumentar a pressão sobre o Irã, para persuadi-lo a voltar às conversações internacionais sobre seu programa nuclear contestado.

As sanções norte-americanas penalizam empresas que forneçam gasolina ao Irã, além de instituições bancárias internacionais envolvidas com a cada vez mais poderosa Guarda Revolucionária iraniana ou seu programa nuclear.

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Os bancos estrangeiros que fizerem negócios com bancos iranianos cruciais ou com a Guarda Revolucionária não terão acesso ao sistema financeiro dos EUA. Os fornecedores globais de gasolina ao Irã também podem ter barrado seu acesso ao sistema bancário dos EUA, a transações imobiliárias ou envolvendo divisas nos Estados Unidos.

O presidente Mahmoud Ahmadinejad fez pouco caso da ameaça das sanções, dizendo que o Irã pode tornar-se auto-suficiente em gasolina "em uma semana," se for preciso.

Obama chegou ao poder em janeiro de 2009 prometendo um novo começo de engajamento diplomático com o Irã, se o país "desapertasse seu punho". Mas, depois de os líderes iranianos terem rejeitado a oferta e continuado a enriquecer urânio, Obama mobilizou apoio internacional para a quarta rodada de sanções da ONU.