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eleições nos EUA

Obama e McCain voltam a trocar acusações sobre economia

Os candidatos à Presidência dos Estados Unidos, o democrata Barack Obama e o republicano John McCain, voltaram a trocar acusações nesta segunda-feira (27), em Ohio, sobre a gestão da economia, a oito dias das eleições.

Obama e McCain foram a Ohio na reta final de suas campanhas e com o objetivo de juntar adeptos entre os eleitores independentes e os indecisos neste estado considerado chave.

O democrata voltou a falar de McCain como uma cópia do presidente George W. Bush, enquanto o republicano repetiu sua advertência de que Obama aumentará os impostos e o gasto fiscal.

Ohio está entre os oito estados-chave nesta disputa e é um onde o senador democrata de Illinois de vantagem a McCain, segundo as enquetes.

Durante um ato em Canton, Obama reiterou sua mensagem de "mudança" e sua promessa de apoiar políticas que ajudem à classe média, promovam a criação de empregos e o crescimento econômico "desde baixo".

"Após 21 meses e três debates, o senador McCain ainda não conseguiu passar ao povo americano uma única coisa importante que ele faria diferente de George Bush no que se refere à economia", disse Obama, ao acusar McCain de apoiar as mesmas políticas de Bush dos últimos oito anos.

Em Cleveland, maior cidade de Ohio, McCain enfatizou que o plano econômico de Obama inclui "US$ 1 trilhão em novas despesas".

McCain tentou de novo se distanciar de Bush, depois que, no fim de semana, disse que, como republicanos, ambos compartilham de algumas visões sobre a economia.

"Nós dois estamos em desacordo com o presidente Bush sobre as políticas econômicas. Minha resposta é conseguir um controle das despesas", afirmou hoje McCain, pouco após se reunir com seus assessores econômicos.

McCain também disse que a política econômica do adversário levará o país a viver "uma recessão profunda e ainda mais dolorosa".

McCain disse que Obama faz parte de um "trio perigoso", que inclui a presidente da Câmara de Representantes, Nancy Pelosi, e o líder da maioria democrata no Senado, Harry Reid.

"Quando resta uma semana para esta campanha, a opção enfrentada pelos americanos é muito dura. Minhas metas econômicas são muito claras", afirmou McCain.

"A diferença entre o senador Obama e eu é que nosso plano gerará empregos e o plano dele aumentará os impostos das pequenas empresas, imporá seguros obrigatórias às famílias e reduzirá os postos de trabalho. Trata-se de uma diferença de milhoes de vagas de trabalho nos Estados Unidos e os americanos estão começarando a imaginar isso".

"Sei que é agradável ouvir o discurso do senador Obama, mas vejam os antecedentes: ele votou a favor de aumentar os impostos das pessoas que têm rendas inferiores aos US$ 42 mil (anuais). Estes são os fatos. Hoje alega que cobrará mais impostos dos ricos; mas, no passado, vimos que quis atingir em cheio a classe média. As políticas de Obama provocarão uma recessão ainda mais profunda e dolorosa".

Sua companheira de chapa, a governadora do Alasca, Sarah Palin, também atacou o plano tributário de Obama, em um ato de campanha realizado nesta segunda-feira.

Já os ataques contra Obama continuam. O Comitê Nacional Republicano lançou uma nova mensagem telefônica em que alega que Obama seria um presidente "frágil" que "poria em perigo a vida dos americanos".

Mas a crise financeira e seu impacto na economia prejudicaram McCain, que continua atrás nas enquetes.

Vários estados que historicamente mostraram apoio aos republicanos, como Ohio, Virgínia, Carolina do Norte e Flórida, agora podem migrar para o lado democrata, algo que pôs McCain na defensiva nos últimos dias.

McCain deve viajar à Pensilvânia, um estado que o senador republicano pelo Arizona espera conquistar os votos.

Uma enquete divulgada nesta segunda-feira (27) pelo Zogby International aponta que Obama mantém uma leve distância em Virgínia, Carolina do Norte, Missouri, Ohio e Nevada, embora em quase todas se trate de uma vantagem dentro da margem de erro, que é de 4,1 pontos percentuais.

McCain tem uma vantagem de dez pontos na Virgínia Ocidental e de seis em Indiana.

Ambos têm 47% de apoio na Flórida, um estado com 27 votos do Colégio Eleitoral. Para ganhar a Presidência, são necessários ao menos 270 votos dos 538 do total no país.

A má notícia para McCain nesta pesquisa é que Obama não só mantém uma cômoda vantagem nos estados em que venceu o democrata John Kerry em 2004, mas o candidato republicano continua atrás nos estados conquistados por Bush.

Segundo projeções desta segunda-feira da rede de televisão americana "CNN", Obama conseguiria 277 votos no colégio eleitoral e McCain apenas 174.

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