O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse na sexta-feira que os Estados Unidos e seus aliados estão lentamente "apertando o laço" em torno do líder líbio Muamar Kadafi, e que uma zona de exclusão aérea continua sendo uma opção para pressioná-lo a deixar o poder.

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Obama, acusado por críticos de reagir muito lentamente à turbulência na Líbia, disse acreditar que as sanções internacionais, um embargo de armas e outras medidas impostas contra o governo de Kadafi estejam tendo impacto, e acrescentou que todas as outras opções permanecem sobre a mesa.

"Estamos todos lentamente apertando o laço em torno de Kadafi. Ele está cada vez mais isolado internacionalmente", disse Obama. "Não retirei nenhuma opção da mesa."

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Obama disse que o mundo tem a obrigação de evitar que se repitam as atrocidades vistas na década de 1990 nos Bálcãs. Afirmou ainda que a situação na Líbia deve ser observada de perto, e que possíveis medidas serão examinadas caso a caso.

Vários setores cobram uma intervenção mais enérgica dos EUA, incluindo ajuda militar direta a grupos rebeldes que lutam para depor Kadafi.

O mais recente apelo veio do ex-presidente Bill Clinton, que disse que os Estados Unidos deveriam impor uma zona de exclusão aérea sobre a Líbia, o que impediria Kadafi de usar sua aviação contra os rebeldes.

"Eu não faria isso se não tivessem pedido, mas se os líderes (rebeldes) estão na televisão fazendo esse apelo, acho que devemos atendê-lo", disse Clinton numa conferência em Nova York, na noite de quinta-feira.

A secretária de Estado Hillary Clinton, esposa do ex-presidente, tem enfatizado a necessidade de aprovação da ONU para uma intervenção na Líbia. Obama disse que a zona de exclusão aérea será discutida pela Otan na próxima terça-feira, mas que qualquer envolvimento militar dos EUA deve ser considerado com cuidado.

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"Sempre que eu enviar forças dos Estados Unidos para uma situação potencialmente hostil, há riscos envolvidos e há consequências, e meu trabalho como presidente é assegurar que tenhamos levado em conta todos esses riscos", disse Obama.

Hillary deve se encontrar na próxima semana com representantes da oposição da Líbia. Obama disse um funcionário do seu governo será encarregado de interagir com os grupos anti-Kadafi e determinar as maneiras como os EUA podem ajudar.

Obama evitou responder a uma pergunta sobre se seria aceitável para os EUA que Kadafi permaneça no poder, repetindo sua posição de que o dirigente, no poder desde 1969, deveria deixar a liderança do país.