O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, exigiu nesta sexta-feira (28) que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, retire suas tropas da fronteira com a Ucrânia e inicie um diálogo com as novas autoridades de Kiev e com a comunidade internacional.

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Para reduzir as tensões, aguçadas após a anexação pela Rússia da península autônoma ucraniana da Crimeia, Obama disse que "Moscou deve retirar essas tropas e iniciar negociações diretamente com o governo da Ucrânia, assim como com a comunidade internacional", disse em uma entrevista à emissora CBS, realizada em Roma.

A presença dessas tropas russas nas fronteiras com o país vizinho "sob o pretexto de que estão realizando exercícios militares pode ser simplesmente um esforço para intimidar a Ucrânia ou pode ser que eles (Moscou) tenham planos adicionais", advertiu o líder.

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Segundo Obama, que hoje partiu de Roma rumo à Arábia Saudita, a última etapa de sua tour, Putin "está interpretando mal a política externa dos Estados Unidos".

"Não temos nenhum interesse em cercar a Rússia e não temos nenhum interesse na Ucrânia além de deixar que o povo ucraniano tome suas próprias decisões", afirmou Obama.

O Pentágono expressou nesta quinta-feira sua "preocupação" com a crescente presença de tropas russas na fronteira do sul e do leste da Ucrânia, e disse estar acompanhando a situação "muito de perto".

Essa acumulação de tropas "não contribui para reduzir a tensão", sustentou o porta-voz do Pentágono, John Kirby, que acrescentou que os Estados Unidos confiam que Rússia cumpra sua palavra de não atravessar a fronteira.

Enquanto isso, a Assembleia Geral da ONU aprovou nesta quinta-feira uma resolução que apoia a integridade territorial da Ucrânia, destacando que o referendo realizado na Crimeia "não é válido" e pedindo que a crise suscitada após a anexação dessa península à Rússia seja resolvida pacificamente.

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