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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciará planos para retirar todas as forças de combate do país no Iraque até agosto de 2010, atendendo a apelos para encerrar uma impopular guerra que dividiu os norte-americanos, disse um assessor parlamentar na quinta-feira.

Obama deve fazer o anúncio nesta sexta-feira em Camp Lejeune, uma base de fuzileiros navais no Estado da Carolina do Norte.

O assessor, que falou sob a condição de anonimato depois de encontro com Obama com parlamentares na Casa Branca, disse que entre 35 mil e 50 mil militares dos EUA atualmente no Iraque ficarão no país para treinar e equipar as forças iraquianas e conduzir algumas operações de contraterrorismo.

O conflito de quase seis anos marcou a presidência do republicano George W. Bush e ajudou os democratas a reconquistar o Congresso e a Casa Branca.

O estabelecimento de uma data para a retirada representa um ponto crítico da guerra. A decisão de Obama também se encaixa em sua intenção de mudar o foco militar dos Estados Unidos para o Afeganistão e cortar o déficit orçamentário, em parte reduzindo os gastos com guerras.

Alguns democratas questionaram o tamanho e a missão das forças residuais que Obama pretende deixar no Iraque.

Mas o secretário de Defesa, Robert Gates, disse que "o raciocínio é que qualquer força remanescente após nós pararmos as operações de combate estará focada na missão de contraterrorismo, treinamento, aconselhamento, assistência, e esse tipo de coisa".

Gates negou-se a confirmar os planos do presidente, mas disse a jornalistas na quinta-feira que qualquer decisão de Obama levará em conta que todas as tropas dos EUA devem estar fora do país até o final de 2011 sob um acordo negociado com o governo iraquiano.

O general Ray Odierno, comandante dos EUA no Iraque, e o general David Petraeus, chefe do Comando Central dos EUA que supervisiona as operações no Oriente Médio, apoiaram um prazo de 23 meses para a retirada das tropas de combate, de acordo com uma autoridade dos EUA.

Ambos os comandantes alertaram que o Iraque permanece em uma situação frágil e que os ganhos dramáticos na segurança obtidos no último ano e meio podem ser revertidos se as forças dos EUA saírem muito rapidamente.

Como candidato à Presidência dos EUA, Obama prometeu retirar as tropas do Iraque em 16 meses. Ele deixou claro que sua prioridade militar é o Afeganistão e ordenou na semana passada o envio de mais 17 mil soldados ao país.

Há atualmente 142 mil militares norte-americanos no Iraque e 38 mil no Afeganistão.

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