O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, negou nesta sexta-feira (7) que o país planeje instalar bases militares na Colômbia como parte de uma revisão do acordo de segurança com o país sul-americano.
"Algumas pessoas na região têm tentado usar isso como parte da retórica anti-ianque tradicional. Isso não é certo", disse Obama a repórteres hispânicos.
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez - crítico persistente de Washington -, disse que a revisão do plano de segurança dos Estados Unidos com a Colômbiapoderia levar a uma guerra na América do Sul. No domingo, Chávez pediu que Obama não aumente a presença militar dos Estados Unidos na Colômbia.
Obama disse que isso é um mito.
"Nós temos tido um acordo de segurança com a Colômbia por muitos anos. Nós atualizamos este acordo. Não temos a intenção de estabelecer uma base militar na Colômbia", disse.
"Essa é a continuação da assistência que temos dado a eles. Nós não temos a intenção de mandar um grande número de soldados a mais para a Colômbia, e nós temos total interesse de ver a Colômbia e seus vizinhos vivendo pacificamente".
O novo acordo de segurança permitiria que o Pentágono obtivesse acesso a sete bases militares da Colômbia para o suporte aos voos de combate a narcotraficantes e guerrilheiros envolvidos no comércio de cocaína.
O acordo também aumentaria o número de soldados norte-americanos na Colômbia para mais de 300, mas a cifra não superaria 800 homens, limite máximo de acordo com o pacto atual.
A Colômbia tem acusado o Equador e a Venezuela de dar apoio aos rebeldes marxistas das Farc, que travam uma guerra de quatro décadas contra o Estado colombiano.
"Eu acho que a Colômbia tem algumas preocupações legítimas sobre as operações das Farc além da fronteira. Eu espero que elas possam ser resolvidas com o diálogo entre os vizinhos", disse Obama.
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