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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, irá ao final da cúpula de Copenhague sobre mudanças climáticas, numa mudança de planos que a Casa Branca atribuiu à possibilidade cada vez maior de se alcançar um novo acordo mundial.

Está previsto inicialmente que Obama iria na quarta-feira à Dinamarca, logo no início da cúpula, que será realizada entre 7 e 18 de dezembro, e antes de viajar para Oslo para receber o Prêmio Nobel da Paz.

Algumas autoridades e ambientalistas europeus haviam manifestado surpresa com a decisão inicial de Obama, observando que a maior parte das duras negociações sobre redução das emissões de gases do efeito estufa provavelmente ocorreria no clímax da conferência, no momento em que estarão presentes dezenas de líderes do mundo todo.

"Depois de meses de atividade diplomática, há progresso na direção de um acordo significativo em Copenhague, no qual todos os países se comprometam a tomar medidas contra a ameaça global da mudança do clima", assinalou a Casa Branca em um comunicado.

Autoridades dinamarquesas dizem que mais de cem líderes mundiais confirmaram presença na conferência, que o país espera possa ajudar a estabelecer as bases para um acordo de contenção dos gases responsáveis pelo aquecimento global, sucedendo ao Protocolo de Kyoto, de 1997.

"Com base nas conversas com outros líderes e no progresso já obtido para dar força às negociações, o presidente acredita que a liderança dos Estados Unidos possa ser mais produtiva por meio da participação no fim da conferência de Copenhague, no dia 18 de dezembro, em vez de no dia 9 de dezembro", diz o comunicado.

Os recentes anúncios da China e da Índia, dois outros grandes emissores de carbono, estimularam o governo Obama a definir metas para o controle de emissões, bem como o crescente consenso sobre levantamento de recursos para ajudar as nações pobres a enfrentar o aquecimento global. Essas são as questões que vêm travando a formatação de um novo acordo da ONU.

O primeiro-ministro dinamarquês, Lars Lokke Rasmussen, reagiu rapidamente, saudando a decisão de Obama, ao dizer que a participação dele "é uma demonstração da crescente força política para a definição de um ambicioso acordo em Copenhague sobre o clima".

Em Londres, um porta-voz do primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, disse que a presença de Obama terá "um imenso impacto" nas negociações.

Os EUA vão se comprometer em Copenhague em cortar até 2020 cerca de 17 por cento das suas emissões de gases do efeito estufa, em relação aos níveis de 2005.

O país foi a última grande nação industrializada a apresentar uma meta de redução, como parte do esforço liderado pela ONU para reduzir a elevação crescente das temperaturas, a qual poderá provocar mais ondas de calor, aumentar as regiões desérticas, as inundações e os níveis dos mares.

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