O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu novamente hoje (14) ao Congresso americano que dê chances ao Irã para provar seu compromissos com as negociações sobre seu programa nuclear, sem impor sanções adicionais.
"Não há necessidade de adicionar novas sanções, que já são muito eficazes e que levaram os iranianos a negociar", disse Obama em uma coletiva de imprensa.
O presidente ressaltou que o objetivo dos Estados Unidos é que o Irã não tenha armas nucleares e que fará o que for preciso para alcançar esse objetivo.
No entanto, o presidente prefere a solução diplomática do que um conflito militar e, por isso, impôs as sanções para obrigar o país a negociar.
Obama afirmou que as sanções deram resultados e que o presidente Hassan Rowhani se propôs a um acordo com a comunidade internacional.
Na última semana, o Irã e o grupo "5+1" (China, Estados Unidos, França, Reino Unido, Rússia e Alemanha) se reuniram em Genebra em busca de um acordo. As conversações devem continuar na próxima semana.
Segundo as negociações entre as potências ocidentais e o Irã, os EUA aliviariam as sanções em troca do acordo.
Obama disse que as principais sanções, no entanto, seriam mantidas e, caso o Irã não cumpra a palavra, as sanções retiradas seriam retomadas.
"Nós vamos manter como estão as sanções nucleares que são mais eficazes e têm o maior impacto sobre a economia iraniana -especificamente sanções de petróleo e sanções no que diz respeito aos bancos e financiamentos", disse.Programa nuclear
A AIEA (agência de energia nuclear da ONU) afirmou hoje em relatório sobre o programa nuclear iraniano que o país praticamente interrompeu a expansão da capacidade de enriquecimento de urânio nos últimos três meses.
O Irã disse na que permitiria o acesso dos inspetores nucleares da ONU a suas instalações.
O Irã rejeita as acusações de potências ocidentais e de Israel de que esteja buscando obter a tecnologia para construir armas nucleares.
O novo governo de Rowhani tem se mostrado mais aberto a negociações sobre o programa nuclear.
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