O presidente americano, Barack Obama, se reuniu com presidentes de três países da América Central nesta sexta-feira para pedir que eles contribuam na redução do número de imigrantes que tentam entrar ilegalmente nos Estados Unidos.

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A reunião com o guatemalteco Otto Pérez Molina, o hondurenho Juan Orlando Hernández e o salvadorenho Salvador Sánchez Cerén foi convocada por Obama após meses de recordes na chegada de crianças imigrantes que viajam sozinhas para os EUA. A maior parte dos imigrantes ilegais vem deste três países. Entre os tópicos da conversa estiveram métodos de cooperação entre as autoridades e forças de segurança desses países.

Hernández havia mencionado na semana passada a necessidade de investimentos do Estados Unidos no combate ao narcotráfico, argumentando que a violência estimula o êxodo de hondurenhos rumo aos EUA. Segundo ele, a Guerra às Drogas em países como o México e a Colômbia levou os traficantes internacionais a fixarem bases nesses países centro-americanos mais frágeis.

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Mas o presidente Obama tem dificuldades de levantar verbas para seu próprio plano emergencial de contenção dos imigrantes. Ele havia pedido US$ 3,7 bilhões para enfrentar o problema, mas as lideranças republicanas já sinalizaram que o pacote não deve ter mais de US$ 1 bilhão. Os democratas também tiveram outras prioridades, como alocar recursos para o sistema de defesa aérea antimíssil israelense, o Domo de Ferro.

Obama então afirmou que fará uma minirreforma da imigração através de decretos presidenciais. Apesar de não ter utilizado muito desde recurso em comparação com outros presidentes, Obama sofre grande pressão da oposição republicana para não usar esse instrumento.

Há alguns dias dezenas de crianças foram devolvidas para seus países de origem. Mas os procedimentos para aliviar os abrigos onde elas estão também não são consenso entre democratas e republicanos. Os democratas, por exemplo, não aceitam que a deportação seja feita sem que haja uma audiência com um juiz de imigração.