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Obama discursou na Casa Branca ao lado do vice-presidente norte-americano Joe Biden | EFE
Obama discursou na Casa Branca ao lado do vice-presidente norte-americano Joe Biden| Foto: EFE

Presidente da Câmara prevê decisão para dia 9/9

O presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, o republicano John Boehner, disse em um comunicado divulgado neste sábado (31) que o Congresso norte-americano deve discutir o plano de um ataque à Síria na semana do dia 9 de setembro.

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Liga Árabe discute situação da Síria neste domingo

Os ministros dos Negócios Estrangeiros da Liga Árabe reúnem-se neste domingo (1º), no Cairo, capital egípcia, para analisar a situação na Síria, no momento em que os Estados Unidos e a França mostram-se decididos a uma ação contra o regime do presidente Bashar Al Assad, que responsabilizam por um ataque a civis com armas químicas. O número 2 da Liga Árabe, Ahmed Ben Helli, informou neste sábado (31) que a reunião estava prevista para terça-feira (3), mas foi antecipada por causa dos últimos acontecimentos.

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  • Obama discursou na Casa Branca ao lado do vice-presidente norte-americano Joe Biden

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou na tarde deste sábado (31) um ataque à Síria em retaliação ao uso de armas químicas contra civis no último dia 21 de agosto. Mas, o presidente norte-americano não estabeleceu prazo. "Pode ser hoje, amanhã ou no mês que vem", disse Obama em discuso no jardim da Casa Branca, em Washington (EUA). "(O ataque) é uma ameaça a nossa (norte-americana) segurança nacional", completou Obama.

Obama disse que não serão enviadas equipes para uma invasão por terra e, deu a entender, que só serão realizados ataques com mísseis lançados de navios no Mar Mediterrâneo. "Não haverá tropas, a decisão é que seja uma atuação limitada em tempo e escala".

O presidente dos EUA afirmou que só irá autorizar o ataque com a concordância do Congresso. "Vou pedir permissão para usar a força para os representantes do povo no Congresso. Hoje de manhã eu conversei com quatro líderes e eles concordaram em estabeler um calendário de votações."

Nesta sexta, o governo americano disse que o ataque teria matado 1.429 pessoas, baseado em um relatório do serviço de inteligência que responsabiliza autoridades ligadas a Bashar Assad pelo uso de gases proibidos e mortais.

Cinco navios de guerra americanos estão ancorados no leste do Mar Mediterrâneo, prontos para disparar mísseis contra o território sírio. De acordo com a imprensa do país, há 50 alvos já definidos. Diante da iminência de um ataque, a Síria também prepara suas defesas. Segundo relatos de opositores de Assad, o presidente está movendo tropas, equipamentos e caminhões de documentos para áreas civis de forma a dificultar o trabalho das forças americanas.

Investigação da ONU

Especialistas da ONU deixaram a Síria neste sábado (31) após investigar um ataque com gás que matou centenas de civis. Imagens já mostram os inspetores da ONU no Líbano. Enquanto isso, o governo russo afirmou que a ameaça americana de usar a força para punir o presidente sírio Bashar al-Assad pelo suposto uso de armas químicas contra a própria população é "inaceitável". Não há previsão da conclusão desta investigação ser divulgada.

A equipe de 20 membros, incluindo especialistas da Organização para a Proibição de Armas Químicas, já esteve na área controlada por rebeldes no bairro Ghouta de Damasco três vezes, pegando amostras de sangue e tecidos das vítimas. Eles também pegaram amostras do solo, roupas e fragmentos de foguetes.

As amostras serão enviadas a laboratórios na Europa, principalmente na Suécia e Finlândia, para análise. Os especialistas já pegaram amostras para testar o uso de gás sarín ou outros agentes tóxicos. A análise deve determinar se houve um ataque químico mas não quem foi o responsável pelo ataque de 21 de agosto no subúrbio de Damasco.

Os resultados finais não devem ficar prontos por duas semanas, disse o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon aos membros do Conselho de Segurança, segundo diplomatas.

Os Estados Unidos divulgou seu próprio relatório de inteligência não classificado para o ataque, que Kerry afirmou ter resultado na morte de 1.429 civis sírios e ter sido um trabalho das forças de Assad.

Resistência russa

Enquanto o Pentágono faz as preparações finais para um ataque, a Rússia elevou o tom das críticas à intenção americana de agir sem o aval do Conselho de Segurança da ONU. Para o presidente russo Vladmir Putin, não faria sentido para o governo sírio usar armas químicas numa guerra que está vencendo. "É por isso que estou convencido que o ataque químico não foi nada mais que uma provocação daqueles que querem arrastar outros países para o conflito sírio e ganhar o apoio de membros poderosos da arena internacional, especialmente dos EUA", disse Putin.

Mais cedo, Alexander Lukashevich, porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da Rússia, classificou como "inaceitáveis" as ameaças dos EUA contra a Síria. "Qualquer uso unilateral da força sem a autorização do Conselho de Segurança da ONU, não interessa o quanto "limitado", será uma clara violação das leis internacionais, minando as chances de uma solução política e diplomática pata o conflito na Síria e levando a uma nova rodada de confrontos e vítimas", acrescentou Lukashevich.A manhã deste sábado foi movimentada na Casa Branca. Chegaram, entre outros, o vice-presidente, Joe Biden; o secretário de Defesa, Chuck Hagel, e o chefe do Estado-Maior, general Martin Dempsey.

Para mais tarde está programada uma conferência telefônica de membros da alta cúpula do governo, entre eles Hagel e o secretário de Estado, John Kerry, com senadores democratas e republicanos. As ligações são consultas realizadas com o Congresso sobre uma possível ação militar na Síria.

A Casa Branca convocou para este domingo (1]) uma sessão informativa confidencial para os membros da Câmara dos Deputados do Congresso.

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