O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, fez um chamado neste domingo (25) à China para que use sua influência para deter o "mau comportamento" da Coreia do Norte no impasse sobre a questão nuclear com o Ocidente, e indicou que poderão ser impostas novas sanções ao regime norte-coreano, se o país mantiver sua decisão de lançar um foguete no mês que vem.
Obama afirmou que esse lançamento iria isolar ainda mais a Coreia do Norte, um Estado comunista pobre, que deveria mostrar a sinceridade de suas intenções, segundo ele, se quiser retomar as negociações envolvendo seis partes para a troca de ajuda por desarmamento. A China é a anfitriã das conversações da qual tomam parte as duas Coreias, os EUA, o Japão, a Rússia e a China.
A Coreia do Sul e os Estados Unidos dizem que o lançamento do foguete é um teste disfarçado de um míssil balístico. O governo norte-coreano alega que apenas pretende pôr um satélite em órbita.
Obama disse que "as ações da China de compensar mau comportamento e fazer vistas grossas a provocações deliberadas" obviamente não estavam funcionando. E acrescentou que iria levantar a questão no encontro com o presidente chinês, Hu Jitao, na segunda-feira.
"Acredito que a China esteja sendo bastante sincera quanto a não querer ver a Coreia do Norte com uma arma nuclear", disse ele em entrevista coletiva à imprensa em Seul, antes de uma cúpula mundial sobre segurança nuclear."Mas terá de agir para isso de um modo sustentável."
Os comentários de Obama foram sua mais forte pressão até agora para que o governo chinês use sua influência para se impor sobre a Coreia do Norte, sua aliada, e se coadunam com seu recente chamado para que a China assuma suas responsabilidades como potência mundial em ascensão.
Em um ano eleitoral nos EUA, com os republicanos acusando Obama de não ser forte o suficiente em relação à China, falar duro com a China é visto como uma maneira de ganhar votos depois de três anos de conturbada diplomacia nos casoa do Afeganistão, Irã e Iraque.
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