O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu nesta segunda-feira ao líder líbio Muamar Kadafi que encerre o derramamento de sangue na Líbia, uma vez que suas forças resistiam ao confronto com rebeldes.
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"Embora esteja claro que o regime de Kadafi acabou, ele ainda tem a oportunidade de reduzir o derramamento de sangue ao entregar explicitamente seu cargo ao povo líbio e pedir às forças que continuam lutando que deponham suas armas", disse Obama.
Enquanto rebeldes procuravam Kadafi em Trípoli, algumas forças leais ao líder autocrático lutavam ferozmente.
"Isso não acabou ainda", afirmou Obama em discurso na fazenda onde passa as férias com sua família, em uma ilha no litoral de Boston.
Prometendo que os EUA seriam amigos e parceiros para ajudar uma Líbia democrática na era pós-Kadafi, Obama também advertiu a oposição líbia contra atos de vingança pelas quatro décadas do regime de Kadafi.
"A verdadeira justiça não virá de represálias e violência. Virá da reconciliação e de uma Líbia que permita que seus cidadãos determinem seu próprio destino", ele disse.
Embora não tenha detalhado o tipo de ajuda que os EUA estariam prontos a oferecer à Líbia, Obama afirmou que a prioridade será a ajuda humanitária aos feridos.
Obama esclareceu que o engajamento norte-americano continuará como parte de um esforço multinacional e destacou o papel da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) na campanha para depor Gaddafi.
"A Otan provou mais uma vez que é a aliança mais capaz do mundo e sua força vem tanto de seu poder de força quanto da força dos ideais democráticos", afirmou Obama.
A Líbia enfrenta meses de manifestações com as quais opositores exigem o fim dos 42 anos do regime de Kadafi. Os rebeldes chegaram ao centro da capital, Trípoli, e o paradeiro do líder líbio era desconhecido.
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