O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, homenageou na segunda-feira as vítimas da chacina no Arizona e evitou entrar no debate sobre se a inflamada retórica política no país inspirou o ataque, que teve como alvo uma deputada democrata.
"Agora, a principal coisa que estamos fazendo é oferecer nossos pensamentos e orações aos que foram impactados, assegurando que estejamos nos unindo como país", disse Obama.
Abaixando solenemente a cabeça, Obama e sua mulher, Michelle, comandaram um minuto de silêncio no jardim da Casa Branca, em meio a um dia de muito frio e vento em Washington.
Cerca de 300 funcionários da Casa Branca participaram da cerimônia, em que um sino repicou três vezes.
A deputada Gabrielle Giffords, uma das 14 pessoas feridas no ataque de sábado no Arizona, continua internada em estado crítico. Outras seis pessoas foram mortas no atentado cometido por Jared Lee Loughner, de 22 anos.
As motivações do crime não estão claras, mas vários políticos e analistas se apressaram em citar a agressiva retórica política que nos últimos meses tomou conta do país, cujas leis sobre o porte de armas estão entre as mais liberais do mundo.
Esta é a segunda vez que o presidente Obama homenageia vítimas de uma chacina nos EUA. Em novembro de 2009, 13 pessoas foram mortas num incidente em Fort Hood, no Texas.
A Casa Branca disse que, desde o ataque de sábado, Obama fez vários telefonemas a familiares das vítimas e a líderes democratas e republicanos do Congresso, inclusive o presidente da Câmara, John Boener, e os dois senadores do Arizona, os republicanos John McCain e Jon Kyl.
Na segunda-feira, Obama manteve dois contatos com o diretor de contraterrorismo John Brennan para se informar sobre o andamento das investigações.
A jornalistas, Obama disse ser importante salientar a "extraordinária coragem" de pessoas que estavam no local do crime, inclusive dois homens que lutaram com o atirador, e uma mulher que, mesmo ferida, conseguiu se apossar da munição de Loughner e evitar mais mortes.
"Penso que isso fala do que há de melhor na América, mesmo diante de uma violência tão insensata", disse Obama.
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