Prometendo "uma nova aurora para a liderança americana", o presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou ontem a indicação de Hillary Clinton, sua maior rival nas primárias democratas, como a secretária de Estado e a manutenção de Robert Gates como secretário de Defesa.

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"Vamos renovar velhas alianças e construir novas e duradouras parcerias", disse Obama em entrevista coletiva para apresentar sua equipe de política externa

O anúncio reforça o objetivo de Obama de traçar uma volta ao multilateralismo e se engajar em diplomacia enérgica para recuperar a imagem dos EUA no mundo. "Precisamos fazer uma diplomacia vigorosa para construir um futuro com mais parceiros e menos adversários", disse Hillary

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Obama declarou ter "confiança total" em sua "querida amiga". Os dois deixaram a entrevista de braços dados. Essa imagem era inimaginável apenas alguns meses atrás. Durante a campanha, Obama disse que a experiência de Hillary em política externa se limitava a "tomar chá com embaixadores." Hillary acusou Obama de ser "ingênuo".

Questionado se sua estratégia de reunir um time de rivais não poderia se transformar em um choque de rivais, Obama disse que acredita em personalidades fortes e opiniões firmes e alfinetou o governo George W. Bush. "Um dos perigos na Casa Branca é você ser dominado por um pensamento único, com o qual todos concordam e não há visões divergentes", disse.

Além da senadora e de Gates, Obama anunciou a governadora do Arizona, Janet Napolitano, como secretária de Segurança Interna; Eric Holder, como secretário de Justiça; o general reformado Jim Jones, como conselheiro de segurança nacional; e Susan Rice, como embaixadora dos EUA na Organização das Nações Unidas (ONU). Para reforçar seu compromisso com o multilateralismo, Obama vai elevar o cargo de Susan para uma posição dentro do gabinete, como era no governo de Bill Clinton.