O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, será flexível a respeito da legislação climática que tramita no Congresso dos EUA, disse a Casa Branca nesta quarta-feira (8), prenunciando alguma margem de manobra nas suas exigências a respeito de leilões integrais para as licenças para emissões de carbono da iniciativa privada.

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"O presidente pediu ao Congresso que lhe envie uma legislação energética abrangente, que estimule a transição para uma economia de energia limpa, crie milhares de empregos 'verdes' e nos desacostume da dependência em relação ao petróleo estrangeiro", disse o porta-voz Ben LaBolt.

"Os membros do Congresso estão examinando uma variedade de opções políticas para nos ajudar a fazer tal transição, e o governo será flexível durante o processo de definições políticas, desde que essas metas maiores sejam cumpridas".

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Obama defende um sistema de limites e créditos para reduzir as emissões de poluentes responsáveis pelo aquecimento global.

Nesses sistemas, o governo estabelece um limite para a quantidade de gases do efeito estufa (especialmente o dióxido de carbono) que pode ser emitida por fábricas e outros poluidores. Quem quiser emitir além da quota pode comprar créditos de quem não atinge o seu teto.

Quando era candidato a presidente, Obama defendia que 100 por cento dos créditos fossem leiloados aos participantes do sistema, em vez de distribuídos gratuitamente.

Desde que tomou posse, no entanto, ele dá sinais de que pode abrandar essa meta, embora LaBolt tenha dito que ele irá insistir junto aos parlamentares para que seja mantida.

Em reunião com líderes empresariais em março, Obama afirmou que, se os leiloes forem muito onerosos, isso seria contraproducente e causaria dificuldades políticas na implementação.

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A União Europeia, que já opera um sistema de créditos de carbono, concluiu que a distribuição gratuita de tais créditos gerava enormes lucros para as empresas do setor elétrico, que em geral embolsavam o valor das autorizações e repassavam os custos mais elevados aos consumidores.

A oposição republicana no Congresso dos EUA diz que o novo sistema vai aumentar o preço da energia e gerar mais desemprego.