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O presidente Barack Obama buscou se mostrar como um líder forte em política externa neste sábado (22), enfatizando a retirada norte-americana do Iraque e a morte do líder líbio Muamar Kadafi como histórias de sucesso.Em uma mensagem que deve utilizar em sua campanha à reeleição em 2012, Obama disse que sua liderança tornou possível virar a página sobre uma década de guerra e voltar a atenção ao fortalecimento da economia dos EUA e ao pagamento da dívida nacional.
Obama declarou em seu programa semanal no rádio e na Internet que a morte de Kadafi e o anúncio de que todas as tropas norte-americanas serão retiradas do Iraque este ano são "lembretes poderosos de como renovamos a liderança dos EUA no mundo."
A ênfase na política externa vem em um momento no qual a confiança na condução econômica de Obama despencou, fazendo sua taxa de aprovação cair para cerca de 42 por cento, a menor de seu mandato.
Com as preocupações com a economia pesando sobre as mentes dos norte-americanos, Obama pode ter dificuldade para ganhar capital político com sua mensagem sobre política externa.
A morte de Osama bin Laden em maio, no Paquistão, pelas mãos de uma tropa de elite dos fuzileiros dos EUA só trouxe uma melhoria temporária à aprovação de Obama.
Ele mencionou Bin Laden em seu discurso e disse que as vitórias sobre a Al Qaeda - assim como as políticas para Iraque e Líbia - são "parte de uma história maior" de sucesso.
"Na Líbia, a morte de Muamar Kadafi mostrou que nosso papel na proteção do povo líbio, e na ajuda para libertá-los de um tirano, foi a coisa certa a fazer", afirmou.
"No Iraque, tivemos sucesso em nossa estratégia para por fim à guerra", acrescentou.
Republicanos proeminentes criticaram a decisão de retirar a totalidade das tropas dos EUA do Iraque, dizendo que isso fortalecerá o vizinho Irã.
Os republicanos também alegam que Obama feriu a imagem dos EUA buscando uma estratégia de "liderança na retaguarda" nos levantes da chamada Primavera Árabe.
Em um discurso no início do mês, Mitt Romney, favorito à vaga republicana para desafiar Obama em 2012, acusou o presidente de recuar da visão de que os EUA deveriam ser "a nação mais forte da Terra".
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