O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou nesta terça-feira (14) que o acordo alcançado entre o Irã e as potências mundiais corta todos os caminhos para a construção de armas nucleares e faz do mundo um lugar mais seguro.
Em um recado para o Congresso, ele prometeu que irá vetar qualquer legislação que impeça a implementação bem-sucedida do pacto. A resolução será agora analisada pelos legisladores americanos, que poderão rejeitá-la e manter as sanções contra o Irã, ao mesmo tempo em que o Parlamento iraniano vai avaliar e emitir um veredicto sobre o acordo.
“Um acordo abrangente e de longo prazo com o Irã vai impedi-lo de obter uma arma nuclear. Todos os caminhos para uma arma nuclear foram cortados. Este acordo demonstra que a diplomacia americana pode trazer uma mudança real e significativa”, disse Obama em um pronunciamento feito ao lado do vice-presidente americano, Joe Biden, na Casa Branca.
Citando o ex-presidente John Kennedy, ele afirmou que não se “deve negociar por medo, mas não devemos ter medo de negociar”. Obama ressaltou ainda que haverá consequências se o Irã violar os compromissos do acordo. Segundo o presidente, o pacto não se constrói a base de confiança, mas de verificação.
O acordo prevê a redução de dois terços das centrífugas instaladas no Irã. Segundo Obama, a República Islâmica não poderá produzir urânio altamente enriquecido e plutônio para armas.
Ao anunciar formalmente o acordo, a chefe de política externa da União Europeia (UE), Federica Mogherini, disse que o pacto cria as condições para acabar com uma crise de mais de dez anos.
“É uma grande honra para nós anunciar que chegamos a um acordo sobre a questão nuclear iraniana”, afirmou Federica em uma entrevista coletiva em Viena, onde os negociadores se reuniram por mais de duas semanas.
“Este é um dia histórico porque criamos as condições para a construção de confiança e abrimos um novo capítulo nas nossas relações.”
Segundo Federica Mogherini, o acordo respeita os interesses de todos os lados. “Temos responsabilidade com a nossa geração. É a conclusão, mas não é o fim do trabalho comum.”
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