Bandeiras são hasteadas a meio mastro em Washington, após o presidente Barack Obama decretar luto pelo massacre na escola de Newtown| Foto: Win McNamee/Getty Images/AFP

Connecticut não exige permissão para posse de armas

O estado de Connecticut, onde nesta sexta-feira um tiroteio em uma escola na cidade de Newtown matou 27 pessoas, entre elas 20 crianças, não exige nenhum tipo de permissão oficial para a posse de rifles ou pistolas, e só requer que o dono seja maior de 21 anos.

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De maio de 1998 a dezembro deste ano, foram 44 atentados nos Estados Unidos.

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Polícia corrige identidade do suposto autor do massacre

Um suposto atirador, de 20 anos, Adam Lanza, invadiu uma escola primária na manhã desta sexta-feira (14) na pequena cidade de Newtown no Estado de Connecticut (região da Nova Inglaterra, EUA), e matou pelo menos 27 pessoas, das quais 20 eram crianças pequenas.

Inicialmente, a polícia havia informado que o suspeito chamava-se Ryan Lanza, de 24 anos, que, na verdade, é irmão do atirador morto.

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Área é isolada no entorno da Sandy Hook Elementary School, em Newtown, onde ocorreu o massacre
A emoção tomou conta de todos nos arredores da escola onde houve o massacre
Durante pronunciamento, o presidente dos EUA, Barack Obama, se emocionou ao falar do massacre na escola de Newtown
Pessoas fizeram vigílias por todo os EUA em homenagem às vítimas
Apoiadores do controle de venda de armas nos EUA fizeram manifestação diante da Casa Branca, em Washington, após massacre que matou 27 em Connecticut
Crianças aguardam no lado de fora da escola primária Sandy Hook, onde ocorreu um tiroteio nesta sexta-feira, em Newtown, Connecticut, nos Estados Unidos
Muitos pais correram para a Sandy Hook Elementary School, em Newtown, Connecticut, para resgatar seus filhos após o tiroteio ocorrido na escola
Criança é retirada da escola primária em Newtown, onde atirador abriu fogo contra estudantes
Socorrista acalma criança após tiroteio em escola primária nos EUA
Uma aglomeração de veículos se formou em frente à escola onde houve o tiroteio
Familiares de alunos da Sandy Hook Elementary School se reúnem em frente ao prédio da escola, onde houve o tiroteio
Crianças são retiradas da escola após o tiroteio

O presidente americano, Barack Obama, vai visitar neste domingo (16) a cidade de Newtown, em Connecticut, onde na sexta-feira um jovem de 20 anos matou 26 pessoas em uma escola primária, sendo 20 crianças de 6 e 7 anos, além de sua mãe, morta minutos antes da chacina na própria casa. Obama vai se unir à população em vigília pelas vítimas do atirador Adam Lanza.

Há uma grande expectativa na visita do presidente a Connecticut. Na sexta-feira, em um discurso emocionado, Obama falou em "ações significativas" para evitar novos massacres, mas não deu detalhes. A chacina - a segunda maior da História dos EUA, só atrás de Virgínia Tech - reacendeu o debate sobre armas no país. Obama deve fazer um pronunciamento às 19h (horário local).

Apesar de os EUA já terem sido cenário de vários tiroteios em instituições de ensino, nas últimas décadas, nunca as vítimas tinham sido crianças tão pequenas. No sábado, alguns parlamentares democratas pediram novas medidas de controle de armas, uma iniciativa que provavelmente terá forte resistência do lobby da indústria de armas no país.

Enquanto isso, a polícia continua em busca de novas pistas. E, apesar de novas evidências, ainda não há explicações para o ataque. Antes de se matar na escola de Sandy Hook, Adam Lanza assassinou com vários tiros de espingarda 12 meninas, outro meninos e seis mulheres adultas. Sua mãe foi morta em casa.

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Aos poucos, mais informações sobre as crianças aparecem. Olivia Engel, por exemplo, participaria de um teatro de Natal na igreja Rosa de Lima, onde a comunidade se reúne em vigília. "Ela ia ser um anjo na peça. Agora é um anjo no céu", disse o padre Robert Weiss.

Emilie Parker, outra das vítimas, estudava português com o pai. Em discurso emocionado, na noite de sábado, Robbie Parker lembrou sua filha, quem descreveu como uma pessoa alegre e amorosa. A professora Vicki Leigh Soto, de 27 anos, foi uma das adultas mortas por Adam. Ela salvou a vida de seus alunos, se jogando na frente deles, como um escudo humano.

Segundo autoridades, as aulas seriam retomadas em Newtown na próxima terça-feira, exceto em Sandy Hook. No sábado, funcionários e membros do governo ainda pensavam numa maneira de retomar as atividades escolares no local, que tem quase 700 alunos, entre o jardim de infância e o quarto ano.

No sábado, a polícia disse ter encontrado "provas muito boas" sobre os motivos que levaram à chacina. O jovem Adam Lanza tinha problemas para se integrar na comunidade e sua mãe, Nancy, o teria tirado da escola por muitos anos, o atirador teria estudado muito tempo em casa. Segundo pessoas próximas, Adam seria autista e teria distúrbios de personalidade

Atirador forçou entrada na escola

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O atirador que matou 20 crianças e seis adultos em uma escola primária de Connecticut, nordeste dos Estados Unidos, forçou a entrada no centro educacional, informou a polícia neste sábado (15).

O porta-voz da polícia estadual, tenente Paul Vance, disse que o atirador, identificado pela imprensa como Adam Lanza, 20 anos, não teve a entrada permitida na escola primária Sandy Hook de Newtown, Connecticut.

Veja imagens da tragédia em Newtown

"Estabelecemos o ponto de entrada. Posso afirmar que acreditamos que não teve a entrada permitida na escola, que forçou a entrada na escola", disse Vance.

Os investigadores encontraram evidências tanto na escola como em outro local onde o suspeito - que aparentemente cometeu suicídio depois do ataque - assassinou a mãe.

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"Nossos investigadores na cena do crime, a escola, e na cena do crime secundário conseguiram muito, mas muito boas provas que poderão utilizar para determinar o panorama completo de como, e mais importante, porque, isto aconteceu", disse Vance.

Uma mulher que sobreviveu ao tiroteio na escola está bem e será chave para a investigação.

"Ela está bem. Está sendo atendida e seu depoimento será decisivo na investigação", afirmou Vance.

Na sexta-feira, uma pessoa matou a tiros 18 crianças dentro da escola, e outras duas morreram mais tarde em consequência dos ferimentos. Seis adultos, incluindo a diretora da escola, também morreram no massacre.

Chegada da polícia

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Adam Lanza cometeu suicídio assim que ouviu a polícia chegar, por isso poderia ter planejado um massacre ainda maior, explicou neste domingo o governador de Connecticut, Dannel Malloy, no programa "This Weel" da rede de televisão "ABC".

Embora ainda não se saiba o que poderia ter motivado Lanza a executar o massacre na escola Sandy Hook, Malloy disse que o jovem, de 20 anos, poderia ter planejado matar mais pessoas, já que, segundo as investigações, Lanza se matou assim que escutou a chegada dos primeiros serviços de emergência.

Atirador era quieto

Pessoas próximas à família Lanza descrevem Adam, 20, como um garoto excessivamente tímido e inteligente, que, contudo, não parecia uma pessoa agressiva.

A polícia ainda procura um motivo para Adam ter matado sua mãe e, logo depois, ter dirigido até a escola primária Sandy Hooks, onde ela trabalharia - e onde ele havia estudado há muitos anos - e disparasse diversos tiros no local, matando 20 crianças e seis funcionários.

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Segundo investigação das autoridades, Adam Lanza sofria de transtorno social e tomava medicação.

Descrito como um bom aluno, graduou-se no ensino superior em 2010, e era visto entre seus colegas como um garoto solitário e quieto, que costumava andar com as mãos nos bolsos e parecia se sentir extremamente desconfortável em público. Sua fotografia não aparece no tradicional anuário que graduandos recebem o ensino básico nos EUA. Acima do seu nome, consta um espaço vazio onde se lê "camera shy" (tímido em frente às câmeras).

De acordo com o jornal inglês "Daily Mail", a única atividade social em que ele se engajava ultimamente era uma comunidade de jogos on-line que mantinha com amigos, na qual se conectavam em suas residências.

Uma mulher que vivia na mesma rua que a família Lanza afirma, segundo o "Washington Post", que Adam não havia se envolvido em nenhum incidente do qual ela se lembrasse, mas que "era socialmente deslocado. Nunca te olhava nos olhos".

Divórcio

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Tanto Adam quanto seu irmão mais velho, Ryan, 24 - que foi tido inicialmente como assassino, pela mídia, devido a uma identificação na roupa que o atirador usava - ficaram abalados com a separação dos pais, formalizada em 2009, segundo relatos de conhecidos a jornais norte-americanos.

O pai, Peter Lanza, um executivo da General Electric, se mudou da grande casa onde a família morava, cujo valor é estimado em mais de US$ 500 mil, para a cidade de Stamford, também em Connecticut, onde se casou em janeiro de 2011 com uma bibliotecária.

Ryan havia saído de casa em 2006, para fazer a faculdade. Após se formar, se mudou para Hoboken, Nova Jersey, trabalhando na vizinha Nova York.

Adam e sua mãe, Nancy, dividiam a casa, a cerca de 7 km da escola onde ocorreu o massacre, desde então. Nancy colecionava armas, todas legalmente adquiridas, segundo testemunhas ouvidas pela mídia dos EUA. Foi deste arsenal que Adam teria pegado duas pistolas em um rifle - este último, encontrado no carro, na cena do crime. O atirador teria usado apenas as duas pistolas no ataque.

Segundo a Associated Press, ao menos um pai de um aluno assegura que Nancy era professora substituta em Sandy Hook, mas seu nome não consta na lista de funcionários. Conhecidos a qualificavam como uma mãe carinhosa.

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Cidade calma

O choque da comunidade de Newtown, de 27 mil habitantes, é possivelmente maior devido à reputação de tranquilidade que a cidade mantém. O local havia registrado apenas um homicídio na última década.

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