O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse nesta segunda-feira (7) que o Egito está "progredindo" na direção de uma solução para a crise política que se instaurou no país desde o dia 25 de janeiro, quando a população iniciou protestos para pedir a renúncia do presidente Hosni Mubarak. "O Egito obviamente tem de negociar uma saída e acho que eles estão progredindo neste diálogo", disse Obama, sem dar mais detalhes sobre suas declarações, uma referência à reunião do vice-presidente egípcio, Omar Suleiman, com grupos da oposição neste domingo (6).
Os EUA indicaram apoio às negociações, mesmo que o governo não atente à principal reivindicação dos manifestantes - a renúncia imediata do presidente Mubarak. Obama, porém, já pediu que as mudanças no Egito comecem "agora". O porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs, disse que o que os egípcios mais querem ver são passos concretos por mudanças no país, incluindo o fim do regime de Mubarak, que já dura 30 anos, e a realização de eleições livres e justas.
Gibbs afirmou que "uma mudança monumental já ocorreu", referindo-se à promessa de Mubarak de não concorrer às eleições em setembro e à decisão de apontar um vice-presidente, o primeiro em 30 anos. "Há o começo do processo que está ocorrendo. Esse processo deve incluir uma série de medidas que precisam ser negociadas com um setor maior da oposição", disse o porta-voz.
Os protestos no Egito entraram hoje em seu 14º dia consecutivo. Os manifestantes que pedem a saída de Mubarak seguem na Praça Tahrir, no centro do Cairo, e afirmam que só deixarão o local quando o presidente deixar o poder. As informações são da Associated Press.
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