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Ocidente quer saída de Kadafi, indica pesquisa

A maioria dos britânicos, americanos, franceses e italianos acha que o Ocidente deve visar a saída de Muamar Kadafi do poder, mas as preocupações sobre os custos, objetivos e possíveis resultados da missão da Otan na Líbia revelam divisões na aliança.

Uma pesquisa Reuters/Ipsos MORI constatou que a maioria das pessoas na Grã-Bretanha, Itália e EUA acha que seus países não têm condições financeiras de pagar uma ação militar, e a maioria em todos os países pesquisados, com a exceção da França, acha que faltam objetivos claros à ação da Otan na Líbia.

Os aviões de guerra da Otan já lançaram mais de 1.700 ataques sobre a Líbia desde que a Otan assumiu o lugar de uma coalizão liderada pela França, EUA e Grã-Bretanha para implementar resolução da ONU buscando proteger civis contra as forças de Kadafi.

Aviões de caça e mísseis lançados desde navios de guerra vêm alvejando a infraestrutura militar de Kadafi e implementaram uma zona de exclusão aérea e um embargo de armas, em um esforço para sustar os ataques de Kadafi contra regiões que se opõem a seus 41 anos de governo.

Protestos em massa em meados de fevereiro tiraram boa parte do leste da Líbia de seu domínio, mas desde então os combates entre suas forças e os rebeldes armados chegaram a um impasse, a despeito da intervenção ocidental.

Feita na semana passada, a pesquisa constatou que 63 por cento dos britânicos, 71 por cento dos norte-americanos, 67 por cento dos franceses e 76 por cento dos italianos querem que o Ocidente ajude a afastar Kadafi do poder, mas os resultados foram mistos quando se perguntou sobre a missão da Otan.

Apenas metade dos britânicos, 55 por cento dos americanos e 40 por cento dos italianos apoia a ação militar aliada na Líbia. Na França, que liderou os chamados pelo uso da força, o apoio à ação militar foi maior: 63 por cento.

A maioria dos países ocidentais vem cortando gastos para limitar seus déficits orçamentários crescentes, e 79 por cento dos britânicos, 74 por cento dos americanos e 62 por cento dos italianos acham que seus países não têm condições financeiras de pagar a ação militar na Líbia.

Houve pouco consenso em relação a quais poderão ser os resultados da ação militar ocidental na Líbia. Os resultados se dividiram entre previsões de um impasse e da possibilidade de surgir um novo governo democraticamente eleito.

A pesquisa foi feita online entre 5 e 7 de abril na Grã-Bretanha, EUA e França e pelo telefone em 4 de abril na Itália. Os entrevistados tinham entre 16 e 64 anos e formaram uma amostra representativa dessa faixa etária em cada país.

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