O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos, Luis Almagro, pediu no sábado que Colômbia e Venezuela dialoguem para solucionar a crise humanitária na fronteira entre os dois países e disse que deve permanecer a irmandade e a cooperação.
Almagro afirmou que é urgente permitir a reunião familiar e manter um corredor humanitário para facilitar a movimentação dos estudantes de uma lado a outro da fronteira.
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, determinou o fechamento de uma parte da fronteira comum há mais de duas semanas, depois de um combate entre contrabandistas e militares.
“O mais importante é a solução dos problemas e essa solução passa pelos dois países, é inevitável o diálogo dos dois países”, disse Almagro na cidade de Cúcuta, depois de visitar os albergues onde estão centenas de colombianos deportados da Venezuela.
Desde que a fronteira foi fechada, 1.300 colombianos foram deportados e 15 mil retornaram por medo de represálias das autoridades venezuelanas, o que provocou uma crise diplomática e humanitária que fez com que os dois países chamassem seus embaixadores para consultas.
Papa vê “esperança” em encontro de bispos sobre disputa entre Colômbia e Venezuela
O papa Francisco disse neste domingo que um encontro entre bispos de Colômbia e Venezuela é um sinal claro de esperança numa disputa de fronteira na qual cerca de 16 mil colombianos deixaram o lar que adotaram.
O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, fechou passagens na fronteira e deportou 1.300 colombianos no mês passado, no que chamou de repressão contra o contrabando e o crime na fronteira.
“Os bispos de Venezuela e Colômbia se encontraram nos últimos dias para analisar juntos a situação dolorosa que se dá na fronteira dos dois países”, disse o papa argentino em espanhol, e não no rotineiro italiano, em fala à multidão na Praça de São Pedro, no Vaticano.
“Nesse encontro, eu vejo um sinal claro de esperança”, completou, pediu que as pessoas rezem pela situação.
De acordo com as Nações Unidas, 15 mil pessoas cruzaram a fronteira de forma voluntária durante a repressão, muitos carregando os seus bens nas costas.