Jerusalem – O primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, rejeitou ontem o pedido de seu ministro da Defesa, Amir Peretz, para encerrar os trabalhos de escavação perto do lugar mais sagrado de Jerusalém, que irritaram vários países muçulmanos e ameaçam o acordo de cessar-fogo com os palestinos na Faixa de Gaza.

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Segundo o jornal israelense Haaretz, Peretz escreveu na quarta-feira a Olmert e pediu a suspensão dos trabalhos, temendo uma nova onda de violência. A segunda intifada (levante palestino) começou em setembro de 2000 depois que o então líder da oposição Ariel Sharon visitou o terceiro lugar mais sagrado para os muçulmanos depois de Meca e Medina, na Arábia Saudita. O local, conhecido entre os muçulmanos como a Esplanada das Mesquitas, abriga a mesquita de Al-Aqsa e o Domo da Rocha. Para os judeus, o local é conhecido como Monte do Templo e lá estariam restos de seus templos bíblicos. O escritório de Olmert respondeu a Peretz que "um exame completo do assunto revelaria que nada sobre o trabalho prejudicará alguém".

No entanto, o diretor-geral da Unesco, Koichiro Matsuura, escreveu a Olmert manifestando sua preocupação com as obras de restauração de uma antiga passarela que foi danificada em 2004. Ele pediu a Olmert que garanta que as obras, "que não foram comunicadas à Unesco, não afetarão de modo algum o local", considerado Patrimônio da Humanidade.

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